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projeto orla do guaíba crescimento urbano
2008-09-04

O futuro do muro da Avenida Mauá, no centro da Capital, não é a única polêmica capaz de dividir os porto-alegrenses quanto à relação da cidade com o Guaíba. Na Zona Sul, o motivo da discórdia é a possibilidade de construção de empreendimentos imobiliários e comerciais em terrenos à beira do rio.

No centro do debate, está o plano da BMPar Empreendimentos de investir até R$ 150 milhões para erguer um complexo de 60 mil metros quadrados na área do antigo Estaleiro Só. Um esboço do projeto, chamado Pontal do Estaleiro, prevê a construção de prédios de apartamentos de até 12 andares, edifícios comerciais, bares e restaurantes, além da urbanização da orla e da construção de um sistema de proteção contra cheias.

A autorização para a obra depende da aprovação da Câmara Municipal, uma vez que atualmente é proibido construir prédios residenciais na área. A votação na Câmara estava prevista para o próximo dia 10 – mas, como o projeto não tramita mais em regime de urgência, a tendência é que o assunto seja avaliado depois das eleições.

As restrições ao empreendimento vêm principalmente de moradores da região e ambientalistas. Nestor Nadruz, sócio do Centro Comunitário de Desenvolvimento da Tristeza, Pedra Redonda, Vilas Conceição e Assunção (CCD), diz que o projeto traria problemas para o trânsito pela Avenida Padre Cacique, que já terá o fluxo de automóveis incrementado pelo BarraShoppingSul a partir de outubro.

Outro argumento contrário seria a suposta privatização da área, que seria mais freqüentada por moradores dos empreendimentos e clientes de bares ou restaurantes instalados ali. A presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Edi Xavier Fonseca, vê também questões ambientais.

– As construções formariam uma barreira artificial impedindo a passagem de ventos e da luz do sol para os bairros – acrescenta Edi.

Na margem oposta da polêmica, o diretor da BMPar Empreendimentos, Rui Pizzato, diz que a proximidade com o rio é um forte atrativo para a comercialização. A construção de marinas, bares e restaurantes ainda é apontada como ferramenta para o turismo, segundo o presidente do Sindicato de Hotelaria e Gastronomia (Sindpoa), Daniel Antoniolli:

– Dá para ter hotéis e centros de convenções para receber eventos, que trazem dinheiro para a cidade.

Há também moradores da vizinhança que aprovam a proposta. Para o comerciante Newton Freitas, novos empreendimentos como o BarraShoppingSul e o Pontal do Estaleiro, assim como a sede da Fundação Iberê Camargo, inaugurada em maio, podem contribuir para “mudar a cara” da região:

– Além de trazer mais movimento para o comércio, isso obrigaria o governo a dar uma olhada para o bairro. Temos um problema social por aqui, as vilas estão crescendo.

O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS Rogério Malinsky defende que o município tenha um plano diretor específico para a orla. Ele desaconselha a construção de prédios altos, que teriam impacto sobre o clima dos quarteirões mais próximos.

– Tem de explorar lazer e recreação, que é vocação de qualquer orla no mundo – salienta Malinsky.

O governo do Estado apresentou proposta para outra área polêmica: o cais entre a Rodoviária e o Gasômetro. Uma licitação deverá escolher no ano que vem a empresa para revitalizar e explorar a área. O projeto prevê, entre outros itens, um shopping e um hotel.

(Por João Guedes, Zero Hora, 04/09/2008)


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