O presidente da Fundação Ospa, Ivo Nesralla, entregou ao secretário municipal do Meio Ambiente, Miguel Wedy, na manhã de ontem (03/09), o Relatório de Impacto Ambiental do projeto do novo Teatro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), realizado pela Profill Engenharia. A análise do documento será feita pela Coordenação de Licenciamento Ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam).
"O projeto é prioridade para nós, tanto por sua relevância cultural quanto por tratar-se de um marco como a primeira construção pública ambientalmente correta do Brasil", destaca Wedy, enfatizando que a liberação da licença prévia será feita com a maior brevidade possível. De acordo com o projeto, a orquestra contará com um teatro na Avenida Loureiro da Silva, ao lado da Câmara Municipal, em área de cinco mil metros quadrados. Com investimento estimado em R$ 34 milhões, a sala sinfônica deverá ter capacidade para 1,5 mil pessoas.
Greenbuilding - A proposta é construir um "edifício verde", com funcionamento ecologicamente correto, prevendo, por exemplo, o reaproveitamento de água, o uso de energia solar e de telhado verde. Todos os materiais de instalações elétrica, hidráulica, estruturais e de sistema de ar-condicionado devem ser certificados para que a obra possa candidatar-se ao título de greenbuilding, conforme explicou o engenheiro civil responsável pela construção do teatro, Ismael Solé.
O projeto prioriza a integração do teatro com o Guaíba e o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho (Harmonia), com espaços voltados para a orla. "O teatro, a orquestra e o parque estarão em harmonia. Nossa intenção é romper com a idéia de que música erudita é para elite econômica", ressaltou Nesralla, acrescentando ter confiança de que a Smam fará o máximo para liberar o início das obras o mais rapidamente. "A prefeitura tem nos ajudado muito."
O projeto de lei do Executivo para a concessão de área destinada à construção do novo teatro foi aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal e debatido em audiência pública com a comunidade. A área foi indicada pela prefeitura, levando em conta acessibilidade metropolitana, qualificação da paisagem urbana e potencial turístico, além de estudos do impacto ambiental e adequação ao padrão de índice de construção permitido.
O último concerto da segunda orquestra mais antiga do país foi no dia 1º de julho. Durante 24 anos, a sede da orquestra funcionou na Avenida Independência. A maquete do novo teatro foi apresentada no dia 8 de julho, no Palácio Piratini.
(Prefeitura de Porto Alegre, 03/09/2008)