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eficiência energética
2008-09-03
A madeira como fonte energética representa aproximadamente 15% da energia primária brasileira, segundo dados do Balanço Energético Nacional. No entanto, este importante insumo ainda não é considerado uma energia comercial e é utilizado de maneira extremamente ineficiente no Brasil, causando tanto prejuízos econômicos quanto ambientais. Essa é a opinião do coordenador do I Seminário Madeira Energética – MADEN 2008, Jayme Buarque de Holanda. O evento começou ontem na capital do Rio de Janeiro e vai até hoje,  das 8h30 às 18h, na Academia Brasileira de Ciências (Rua Anfilófio de Carvalho, 29 - 3º andar).
 
O seminário traz como temas questões como “as diversas fontes de biomassa existentes a partir da madeira”, “os diferentes usos destes materiais como forma de energia” e “a proposta de regulamentação governamental do uso da madeira energética”.

Organizado pelo Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE) e pela Iniciativa Carvão Verde (ICV), o seminário reúne importantes especialistas para a discussão dos principais aspectos relacionados ao uso da madeira como fonte de energia.

Segundo o coordenador Buarque de Holanda, o tema do seminário é pertinente neste momento, pois há uma preocupação de vários setores com uma geração energética eficiente a partir da madeira. Hoje, no Brasil , várias são as indústrias que utilizam a madeira como matéria-prima para geração de energia como a indústria de gesso, cerâmica, a siderurgia (principalmente) e o setor de celulose e papel – este último tem um aproveitamento ainda melhor da matéria-prima, pois utiliza as sobras. “Hoje, a energia que o Brasil usa oriunda da madeira está na mesma proporção da energia gerada pelas hidrelétricas”, comenta.

De acordo com o coordenador, o Brasil precisa se preparar para o crescimento deste consumo. “O primeiro passo é criar uma legislação específica para as diversas formas de energia. Esses padrões são necessários para que as indústrias se adequem e cumpram o melhor aproveitamento de cada matéria-prima, contribuindo para o meio ambiente”, explica. Ele complementa dizendo que é preciso regulamentar a produção, a comercialização, as condições e a descrição detalhada dos biocombustíveis da madeira para que o mercado se organize em torno de um produto definido.

A história da utilização da madeira como fonte de energia está enraizada na própria história da civilização humana. Desde que o homem conseguiu tirar fogo de gravetos para produzir alimento, aquecer-se, entre outras utilidades, essa forma de energia foi ganhando um importante papel. No final do século XIX, a madeira foi muito utilizada pela indústria química. Depois, com o advento do petróleo, o uso da matéria-prima como fonte energética foi tendo um aproveitamento menor. Entretanto, esse quadro já prevê uma reversão nos próximos anos. O Brasil é um dos países que mais tem condição de usar a madeira para esse fim, o que inclusive, na opinião de especialistas controlaria o desmatamento de diversas regiões. “Quando conseguirmos nos tornar eficientes neste quesito, sai debaixo, não tem para ninguém”, anuncia Jayme Buarque de Holanda, otimista com o panorama que pode se configurar no setor de madeira energética no País.

Dentre as diversas utilizações da madeira energética está a sua forma mais primitiva, como lenha para queima direta. O insumo pode ser transformado também em carvão vegetal, que ao ser produzido resulta em bio-óleos, que podem ser usados para fins energéticos. Além disso, existe a biomassa densificada obtida através da compressão de resíduos agrícolas que se transformam em uma tora de madeira, com altas propriedades energéticas. Há ainda a gaseificação da madeira obtida por meio de altas temperaturas, que pode ser usada como gerador de energia elétrica e como combustível líquido sintético chamado synfuel.

O seminário segue até amanhã, durante todo o dia, com palestras, painéis e mesas redondas que visam à troca de idéias sobre a necessidade de racionalizar a cadeia de utilização da energia proveniente da madeira, além de informar as mais novas tecnologias no uso deste insumo.

(Celulose Online, 02/09/2008)

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