Uma equipe de arqueólogos está na área do futuro reservatório da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó, que atinge municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, realizando o levantamento de sítios arqueológicos que possam sofrer impactos com a instalação do empreendimento para poder resgatá-los. O objetivo também é estudar como funcionava o Vale do Rio Uruguai e os seus afluentes. Já foi realizado o levantamento em Chapecó (SC), Faxinalzinho e Erval Grande. Atualmente o trabalho se concentra no município gaúcho em Nonoai. Conforme o arqueólogo Marco de Masi, que coordena o trabalho, é importante saber quem eram e como viviam as pessoas na área de 79,2 quilômetros onde será formado o reservatório da usina.

Até o momento, foram contabilizados 510 sítios arqueológicos. 'Retiramos o material e entendemos com detalhe', diz a arqueóloga Vânia Leandro de Souza. A equipe iniciará as escavações em janeiro de 2009. O trabalho é parte do Programa de Salvamento Arqueológico e Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Paisagístico da Usina Foz do Chapecó, com o apoio da Unochapecó e do Centro de Memória do Oeste Catarinense (Ceon). Três estudantes da universidade fazem parte da equipe. O Ceon vai receber todo o material resgatado para que se faça uma reprodução da história do local, o que vai gerar elementos permanentes de educação. 

(Correio do Povo, 03/09/2008)