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furacões-tufões e tempestades
2008-09-03

Como a maioria dos americanos, assistimos apreensivos quando o furacão Gustav atingiu a Costa do Golfo na segunda-feira. Esta apreensão foi ressaltada por sabermos que, três anos depois do Katrina, as barragens de Nova Orleans ainda não estão prontas para lidar com outra tempestade deste porte. Também há questionamentos sobre a capacidade da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema, sigla em inglês), que falhou vergonhosamente durante o Katrina, estar à altura do desafio.

O Gustav se mostrou menos potente do que os meteorólogos temiam e não atingiu Nova Orleans com toda sua capacidade. Mesmo assim, na noite de segunda-feira, a água transbordava algumas barragens. Autoridades locais merecem crédito por solicitar a desocupação de Nova Orleans. A maioria dos moradores obedeceu e autoridades federais e estaduais trabalharam em conjunto para facilitar a remoção de quase 2 milhões de pessoas da região.

Quando apenas 200 dos 700 ônibus solicitados apareceram para ajudar as pessoas de Nova Orleans, outros ônibus foram encontrados. O Departamento de Defesa cuidou da remoção de 1 mil pacientes de hospitais regionais e asilos. O prefeito Ray Nagin, de Nova Orleans, declarou toque de recolher e disse que a polícia e a Guarda Nacional iriam patrulhar as ruas para garantir que não houvesse saqueamento e caos como depois do Katrina.

No entanto, a maior questão ainda é a capacidade das barragens agüentarem. Apesar de terem sido reforçadas depois do Katrina, as paredes podem ainda não ter a força necessária. Apenas um quarto do projeto de US$ 15 bilhões do Corpo de Engenharia do Exército para melhorar o sistema de barragens de terra e concreto, escape de enchente, bombas e portões foi concluído.

As autoridades locais questionam o senso de urgência do Corpo e a possibilidade de cumprirem o prazo de entrega em 2011. Mesmo então, a proteção prometida não seria o suficiente para aguentar a ferocidade apresentada pelo Katrina. A Fema está sob novo gerenciamento. No lugar do fraco Michael Brown está R. David Paulison, antigo chefe do Departamento de Bombeiros de Miami-Dade, que tem ampla experiência com furacões. Seu principal substituto é um vice-almirante da Guarda Costeira. As autoridades dizem que sua equipe, equipamentos e suprimentos estão prontos para qualquer eventualidade.

Ainda assim, há questionamentos sobre a agência ter aprendido realmente a lição. A Fema apresentou uma nova estratégia para as vítimas removidas de desastres com um ano de atraso. Além disso, ao invés de um plano completo, a agência produziu, em sua própria descrição, "um plano precursor". A maioria das grandes questões com as quais o Congresso tem que lidar (como dar moradia aos pobres e incapacitados, como oferecer moradia às vítimas perto de seus trabalhos ou lidar com um campo de removidos) permanecem sem resposta.

As autoridades dizem que uma força tarefa de especialistas irá em breve cuidar destas questões. Esperamos que as pessoas removidas de casa por causa do Gustav não precisem de muita ajuda, porque na semana passada esta força tarefa ainda não havia sido criada. Enquanto isso, os meteorólogos dizem que o quatro furacão da temporada, conhecido como Hanna, está ganhando força. O Gustav não passou de mais um alerta sobre a imprevisibilidade e ferocidade da natureza. Também foi um assustador lembrete do quanto ainda precisa ser feito para proteger Nova Orleans - e todos nós.

(Ultimo Segundo, NYT, 02/09/2008)


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