As 51 famílias associadas ao Centro de Educação Ambiental (Ceane), que teve a sede destruída no temporal do dia 13 de agosto, têm esperança de ter um novo pavilhão até o dia 22 deste mês, junto com a primavera. Conforme a dirigente da cooperativa de catadores de lixo reciclável, Carmem Meireles, a missão é difícil e exige investimento de pelo menos R$ 15 mil, pois o telhado de alumínio ainda não tem custo definido. A área destinada à escolinha dos filhos dos associados e de moradores do bairro Vila Esperança II foi a primeira a ser reconstruída. Duas vezes por semana 30 crianças por turno recebem aulas de reforço escolar e lanche.
A obra de reconstrução conta com um engenheiro e com um mestre de obras, além de catadores que auxiliam no assentamento de tijolos. Materias como cimento, brita e tijolos são necessários, mas, segundo Carmem, a fé é maior do que as carências. Mensalmente, o Ceane, por meio dos 51 associados que representam 450 pessoas entre adultos de ambos os sexos, jovens e crianças, coleta de 12 a 14 toneladas de papel, papelão e plástico. Conforme a dirigente, as latinhas de alumínio deixaram de ser armazenadas por motivo de segurança, evitando saques ao depósito e riscos ao pessoal. Às vezes, salienta Carmem, o desespero de quem não tem se transforma em violência e a forma de evitar confrontos foi suspender a coleta e a armazenagem de latinha e similares. 'Agora é aguardar novas doações e assim poder concretizar o sonho de estar com tudo pronto quando a primavera chegar', concluiu. Quem puder doar material ou dinheiro para ajudar, pode procurar o Ceane ou contatar a associação pelo telefone (55) 9955-0245 .
(Correio do Povo, 02/09/2008)