Ao longo de milhões de anos a natureza vem otimizando o DNA. Essa biomolécula é responsável por armazenar as informações genéticas em todas as criaturas vivas.
DNA metalizado
Agora, um projeto de pesquisas coordenado pelo Dr. Jens Müller, da Universidade de Dortmund, Alemanha, colocou essa longa cadeia molecular em um novo contexto. Arrancada de sua origem biológica, hélices duplas de DNA artificial foram modificadas de tal forma que a biomolécula evolucionariamente otimizada pode também ser utilizada como um elemento estrutural chave para a organização de íons metálicos.
Há inúmeras aplicações potenciais para os resultados desta pesquisa básica. Com esta técnica, por exemplo, fios moleculares ou minúsculos ímãs poderão ser desenvolvidos para uso em nanotecnologia, em robótica e para o desenvolvimento de nanomáquinas. Além disso, os cientistas estão pensando em utilizar essas moléculas de DNA metálico como catalisadores, em biomedicina e até como sensores.
DNA como nanoferramenta
Depois de cinco anos de pesquisas, os cientistas conseguiram desenvolver vários tipos dos chamados "pares de base mediados por íons metálicos". Selecionando a seqüência de DNA - a configuração dos elementos estruturais individuais - os cientistas podem influenciar com precisão as características desse DNA artificial "metalizado."
Vários grupos de cientistas ao redor do mundo estão tentando utilizar o incrível potencial do DNA como nanoferramenta, para o armazenamento de dados e até para a substituição dos transistores em um computador molecular.
(Inovação Tecnológica, 29/08/2008)