As condições atmosféricas decorrentes do tempo seco, que resultam em um número muito grande de partículas em suspensão no ar, provocaram na manhã de sexta-feira (29/08) um fenômeno ótico chamado pelos astrônomos de halo solar. O fenômeno pôde ser visto em várias cidades do Estado de São Paulo e ocorreu porque a luz solar incidiu sobre nuvens com cristais de gelo, gerando a partir daí uma refração dos raios.
Este fenômeno costuma ocorrer em grandes altitudes – entre 5 e 10 quilômetros – na camada chamada troposfera superior. De acordo com professor Samuel Rocha de Oliveira, do departamento de Matemática Aplicada, do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc) da Unicamp, esse fenômeno é mais comum do que se imagina e pode acontecer também com a lua cheia. “O halo solar ou lunar acontece sempre quando o ar está muito seco”, afirmou Samuel. Prova de que esse fenômeno é comum, em 13 de fevereiro de 2008 foi registrado fotograficamente por Daniel Pátaro, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas, mesmo local onde está o campus da Unicamp.
(Por Jeverson Barbieri, Jornal da Unicamp, 29/08/2008)