Os bombeiros ainda não sabem o que causou o incêndio. Policiais ambientais disseram que o fogo pode ter começado de forma acidental, com uma ponta de cigarro, por exemplo, e sido propagado pelo tempo seco aliado ao forte vento nordeste. A hipótese de crime não foi descartada.
O capitão da Polícia Ambiental Vitório Radichewski estranhou que houvesse tantos focos. Ele explicou, no entanto, que faíscas podem ter sido levadas pelo vento de um local para outro, gerando outros pontos com fogo.
Moradores de Palhoça desconfiam que o incêndio tenha iniciado em um terreno utilizado como lixão.
- As pessoas sempre colocam fogo ali - disse a vendedora Cristina Melim, 38 anos, que mora na Rua da Guarda do Embaú onde há 12 casas. Foi na área que o incêndio mais se aproximou das construções. Labaredas passaram por cima da residência de sua vizinha.
Após deixar a ruela de Cristina, um caminhão-tanque dos bombeiros seguiu para a Pousada Rancho Alsaciano, onde havia outro foco. Eram 16h20min quando, dentro da propriedade, o veículo caiu em uma fossa. O reservatório precisou ser esvaziado, desperdiçando 4 mil litros de água. O barulho da água caindo sobre a grama se misturava com o dos estalos do fogo.
Quinze minutos depois do acidente, um trator e uma escavadeira chegaram ao local. Foi necessário cavar um buraco em torno do pneu atolado e levantar o caminhão com uma corrente presa à escavadeira. Duas árvores foram derrubadas para que pedaços de madeira fossem colocados embaixo do pneu, permitindo a locomoção do veículo.
(Diário Catarinense, 28/08/2008)