No primeiro ano de vida, o Programa de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais custará R$ 16 milhões, a serem pagos pelos governos federal e de São Paulo.
Desse total, R$ 2,4 milhões são para colocar o país na elite da modelagem climática.
O próximo relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), que sairá em 2012, terá alguma modelagem feita no Brasil, disse Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
O Brasil comprou um supercomputador para a tarefa, por R$ 48 milhões. Mas, segundo Gilberto Câmara, diretor do Inpe, o custo anual do projeto não é desprezível. "São R$ 8 milhões de pessoal e R$ 2,5 milhões para a conta de luz."
Os outros R$ 13,4 milhões do programa vão para sete linhas de pesquisa.
Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que participou do lançamento do programa, é importante que a comunidade científica gere bons resultados. "Para que os infelizes que tomam decisões políticas -eu estou fora dessa categoria agora- tenham melhores condições de fazer isso.
(Por Eduardo Geraque, Folha de S. Paulo, 29/08/2008)