O apreço pelas causas ecológicas levou uma argentina a reciclar orquídeas que, depois de usadas para enfeitar festas e residências, eram jogadas no lixo próximo a sua casa. Hoje, ela recolhe este material e, depois, replanta em um canteiro na avenida 9 de Julho, em São Paulo.
O Vila Dimenstein, desta semana, traz uma entrevista com a arquiteta Adriana Irigoyen, responsável por esta idéia. Ela fala, neste videocast, sobre a importância do trabalho. A apresentação é de Gilberto Dimenstein.
Assista aos outros vídeos com a participação do jornalista.
Adriana tem muita admiração pela arquitetura moderna, tema de seu mestrado na USP. Para seu prazer, ela foi morar num prédio da avenida 9 de Julho projetado por Rino Levi, o expoente da moderna arquitetura brasileira. Para sua tristeza, contudo, o prédio estava repleto de problemas de conservação e, por isso, assumiu o cargo de síndica do condomínio e criou, no local, a coleta seletiva de lixo.
Com a ajuda de vizinhos, o projeto de coleta de orquídeas começou a dar certo. Eles fizeram contato com uma empresa de festas que costumava descartar orquídeas e desde o começo do ano, o condomínio recebeu por mês 60 mudas, de apenas uma empresa.
Adriana aposta que, quando a cidade souber desse projeto, muitos paulistanos irão sair caçando as orquídeas perdidas, desperdiçadas nas centenas de festas, para melhorar o ambiente em que vivem.
Gilberto Dimenstein, 48, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às segundas-feiras.
(Folha Online, 28/06/2008)