Neste sábado (30/8), a Via Campesina Brasil festeja o aniversário de três anos da I Escola Latino-Americana de Agroecologia (ELAA), localizada no assentamento Contestado, município da Lapa (à 70 km de Curitiba-PR).
A escola fundada em 27 de agosto de 2005, pelos campones, é mais instrumento na luta pela construção de uma nova matriz de produção, baseada na agroeocologia e na preservação do meio ambiente. No local estão sendo formados tecnólogos em Agroecologia para contribuir no avanço deste modelo de produção no campo.
“A construção da ELAA tem sido fundamental para fortalecer a articulação da Via Campesina na América Latina, preparando jovens de vários movimentos socais para atuar nas comunidades onde vivem”, afirma José Maria Tardin, da equipe pedagógica da escola.
As comerações terão início às 9h, com uma mística de abertura. Às 9h30 os participantes farão uma visita aos espaços da escola. Às 11h será realizada um Ato Político com autoridades e religiosos convidados, às 13h será servido almoço, e às 14h30 serão realizadas atividades culturais.
Hoje, a ELAA conta com 88 educandos de 18 estados brasileiros e do Paraguai. Todos filhos de camponeses, assentados e pequenos agricultores, ligados a movimentos latino-americanos da Via Campesina. São duas turmas em funcionamento na escola. A primeira, chamada “Mata Atlântica” está na sexta etapa do curso e a turma “Resistência Camponesa” inicia a quarta etapa em outubro.
O curso de graduação é ministrado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e conta com três anos de duração, com aulas que funcionam por etapas, em regime de alternância, entre tempo escola e tempo comunidade, com uma média de 60 a 70 dias cada etapa.
A ELAA foi criada numa parceria entre a Via Campesina, o governo da Venezuela, governo do Paraná, UFPR e o MST, para possibilitar a estruturação de uma rede de intercâmbio entre os camponeses latino-americanos e defender a soberania alimentar dos povos.
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MST, 28/08/2008)