Falta de gás paralisa térmica, que pode ser desmontada e relocalizada
Foi dada a partida na parte mais vistosa do investimento de US$ 2,8 bilhões da Aracruz no Estado, com o lançamento, ontem, da pedra fundamental da expansão da fábrica de Guaíba.
Festejada nos discursos como um marco na implantação da silvicultura no Estado, a expansão da fábrica de Guaíba deu o primeiro passo durante cerimônia realizada pela manhã. Foram constantes nos discursos as referências à negociação e à polêmica que o assunto envolve desde os primeiros anúncios dos investimentos em plantio de eucaliptos e na instalação de fábricas. Além do investimento da Aracruz, R$ 4,6 bilhões serão aplicados pela VCP e Stora Enso no Estado. A governadora Yeda Crusius disse que a pedra fundamental da unidade de Guaíba “agrega valores simbólicos e práticos mais amplos” do que uma simples fábrica.
– É um momento semelhante ao que vivi quando se decidiu que o pólo petroquímico viria para cá, na década de 70 – disse Yeda.
O secretário estadual de Meio Ambiente, José Otaviano Brenner de Moraes, disse que o pedido do Conselho Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre, de um estudo ambiental garantindo a segurança do Parque Natural Morro do Osso, não será entrave para as obras da Aracruz:
– É de se presumir, desde que não se queira inserir na discussão uma carga ideológica, que essa questão não vai comprometer o projeto.
A Aracruz foi notificada do pedido do conselho na terça-feira e vai encaminhar estudo à Fundação Estadual de Proteção Ambiental.
(Zero Hora, 28/08/2008)