O deputado Sandro Boka (PMDB) confirmou, na terça-feira (26/08), que dia 1° de setembro haverá importante reunião na Assembléia Legislativa gaúcha, marcada pelo senador Paulo Paim junto à diretoria da Petrobras, com representantes da Braskem e do Grupo Ultra. No encontro, será debatido o futuro da Refinaria de Petróleo Ipiranga.
O peemedebista reiterou que o Grupo Ultra, a Braskem e a Petrobras, que adquiriram o Grupo Ipiranga, devem honrar o compromisso assumido com os gaúchos, uma vez que, ao comprarem a empresa, estas promoveram uma ampla divulgação em todos os meios de comunicação do Estado, firmando com o povo gaúcho o compromisso de manterem os antigos funcionários, de gerarem novos empregos e de modernizarem as plantas. O parlamentar ainda salientou que, com essas promessas, a nova direção do Grupo Ipiranga faria com que fossem gerados mais recursos ao Estado, para investimentos em saúde, educação e infra-estrutura básica, mas que, infelizmente, não é isso que está ocorrendo na prática.
"Reconheço o esforço que as três empresas estão fazendo para manter a produção da refinaria, uma vez que o preço do petróleo no mercado internacional extrapolou todos os limites imagináveis, chegando a mais de 140 dólares o barril. Atualmente, o preço do petróleo baixou, mas lamentavelmente o custo atual ainda torna inviável qualquer refinaria no Brasil, a não ser as administradas pela Petrobras" , declarou o deputado.
Boka lembrou, também, que a capacidade de produção do Ipiranga está sendo reduzida, considerando que já fecharam a fábrica de lubrificantes e que, hoje, processa-se uma nafta suja, que vem dos países do Mercosul.
"São centenas de empregos em jogo. Só no Estado, são arrecadados mais de 250 milhões de reais em ICMS, e 20% do retorno de ICMS da cidade do Rio Grande é proveniente da refinaria", realçou o parlamentar.
Sandro Boka apelou, mais uma vez, para que a Petrobras encampe a Refinaria de Petróleo Ipiranga, ressaltando as centenas de trabalhadores que estão vivendo na instabilidade, sem saberem o futuro dos seus empregos.
"Não podemos ficar parados, de braços cruzados, vendo essa marca, orgulho para todos os gaúchos, simplesmente ser deixada ao esquecimento, ser apagada da história do refino do petróleo" , defendeu o peemedebista.
(Por Celso Bender, Agência de Notícias AL-RS, 27/08/2008)