Além de serem projetos gêmeos da estatal francesa Areva, as usinas nucleares de Flamanville, na França, e Olikiluoto, na Finlândia, têm outra coisa em comum: ambos estão com suas obras atrasadas. Os trabalhos na usina francesa estão nove meses atrás do cronograma inicial; em Olkiluoto, dois anos. Além do atraso, as obras da usina finlandesa também já estouraram o orçamento inicial em mais de 2 bilhões de euros e enfrentam diversos problemas de segurança.
"A Areva não aprendeu coisa alguma com os problemas de Olkiluoto e os repete todos em Flamanville", afirma Jan Beranek, da campanha de Nuclear do Greenpeace Internacional. "Segundo o jornal francês Le Canard Enchaine, os atrasos na obra em Flamanville aconteceram por conta de problemas de concretagem da usina, entre outros - os mesmos verificados em Olkiluoto.
"As obras em Flamanville deveriam ser abandonadas", afirma Beranek. "A França estaria melhor servida com investimentos em projetos mais seguros e limpos como os de energia renovável e eficiência energética, descritos no relatório Revolução Energética do Greenpeace."
(Greenpeace, 27/08/2008)