Pelo menos 19 pessoas morreram no Haiti por causa das inundações e deslizamentos de terras provocados pelas fortes chuvas do furacão Gustav, segundo um balanço divulgado nesta quinta-feira, 28, pela Defesa Civil.
Oito das vítimas morreram no sudeste do empobrecido país, a região mais castigada, e outras seis perderam a vida no oeste. No departamento de Nippes, duas pessoas morreram em Fond des Negres e três na localidade de Miragoane, segundo os meios de comunicação locais.
O Gustav forçou o deslocamento de cerca de 5.000 pessoas no oeste do país de e outras 4.000 na periferia norte da capital haitiana, segundo fontes oficiais. No sudeste do Haiti, mil pessoas tiveram de se refugiar e 75% das plantações ficaram destruídas, informaram as fontes.
República Dominicana
Oito pessoas morreram soterradas em um bairro de Santo Domingo, capital da República Dominicana, membros das mesma família que estavam em um abrigo por conta da tempestade Fay, a última que atingiu o país, e voltaram para sua casa porque pensaram que o lugar já estava fora de perigo, afirmou um funcionário da Defesa Civil.
A formação do fenômeno voltou a afetar os mercados de petróleo nesta quarta-feira e o preço do barril encontrava-se acima da marca de US$ 117 em meio a temores de que o furacão afete plataformas de produção no Golfo do México.
Na manhã desta quarta, a tempestade Gustav apresentava ventos sustentados de 95 quilômetros por hora, com rajadas mais fortes. O olho do sistema encontra-se cerca de 150 quilômetros ao leste de Porto Príncipe e segue em direção noroeste. Um alerta de furacão está em vigor em algumas regiões de Cuba, especialmente no litoral sul do país.
Os grandes furacões são aqueles classificados como de Categoria 3 ou mais na escala de intensidade Saffir-Simpson (que possui cinco níveis). A possibilidade de uma grande tempestade chegar ao Golfo do México, onde os EUA produzem 25% de seu petróleo e 15% de seu gás natural, provocou instabilidade nos mercados de energia.
Os furacões Katrina e Rita eram ambos de Categoria 5 quando ingressaram no Golfo em 2005, diminuindo em um quarto a produção norte-americana de petróleo e gás ao danificar plataformas e provocar o rompimento de oleodutos. O Katrina ainda saiu do mar para destruir Nova Orleans e matar 1.500 pessoas na região dos EUA banhada pelo golfo.
(Efe, Estadão, 28/08/2008)