Em solenidade no gabinete do presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, nesta terça-feira (26/08), foi lançada oficialmente a edição semanal do Jornal do Senado em papel reciclado. O jornal, que é publicado às segundas-feiras e enviado a cerca de 76 mil assinantes em todo o país, começou a circular em sua versão ecológica nesta segunda-feira (25/08).

Garibaldi ressaltou que a iniciativa do Jornal do Senado, que é mais uma etapa do programa Senado Verde, pode demonstrar a outros veículos impressos que é possível trabalhar com papel reciclado. Ele disse esperar que as gestões futuras do Senado dêem prosseguimento ao programa.

O presidente contou que iniciou o dia plantando uma muda de cerejeira no jardim da residência oficial da Presidência do Senado, oferecida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Massami Uyeda - que trouxe do Japão 500 mudas da árvore para serem plantadas em Brasília. Garibaldi disse que o ato fez com que ele ficasse "dominado com o sentimento de respeito, apreço e cuidado com o meio ambiente".

- Como dizem que o homem na vida tem que escrever um livro, ter um filho e plantar uma árvore, eu já plantei a árvore - disse Garibaldi.

Avanços

O 1º secretário do Senado, Efraim Morais, afirmou que também o Jornal do Senado diário, bem como outros informativos, passarão a ser impressos em papel reciclado. O jornal semanal foi o primeiro a receber a "embalagem ecologicamente correta", explicou, por veicular as notícias compactadas em forma de revista e porque é distribuído a todo o país.

Efraim informou ainda que a proposta de utilizar papel reciclado faz parte do programa Senado Verde - coordenado pela chefe de gabinete da 1ª secretaria, Mariângela Cascão, sob a orientação do diretor-geral do Senado, Agaciel Maia. A publicação do Jornal do Senado nesse tipo de papel, disse Efraim, foi uma idéia do ex-diretor do veículo Eduardo Leão que foi concretizada sob a direção de Davi Emerich.

Para Davi Emerich, houve três avanços consideráveis na gestão do presidente Garibaldi Alves: a edição do Jornal doSenado em braile, a modificação do formato do jornal diário, com o aumento da mancha gráfica que possibilita divulgação de maior volume de notícias, e o início da tiragem em papel reciclado.

Apesar de reconhecer que o papel reciclado ainda é mais caro e não apresentar a mesma qualidade que o branco, Davi Emerich considera importante sua utilização para incentivar a ampliação de novo mercado e conscientizar a sociedade de que "o papel não pode se transformar em grandes montanhas de lixo no meio urbano". Ele também salientou que a reciclagem de papel pode contribuir para o surgimento de cooperativas de coletores de papel e gerar renda para famílias pobres.

O índice de reciclagem de papel no Brasil, informou Davi Emerich, é de 45%. Para o diretor do Jornal do Senado, a reciclagem deve atingir a meta de um índice superior a 90%, como já acontece com as latas de alumínio.

Na opinião do presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, Romário Schettino, presente ao lançamento do periódico, essa preocupação do Senado com o meio ambiente pode reforçar a idéia de responsabilidade da comunicação com questões sociais. Ele disse que a iniciativa de editar um jornal em papel reciclado representa um modelo que pode ser seguido por outros meios de comunicação, mesmo os privados, que beneficiará tanto a sociedade como o meio ambiente.

(Por Iara Farias Borges, Agência Senado, 26/08/2008)