Espetáculo chama a atenção da meninada de Santa Maria sobre a necessidade de preservar o ambiente
No palco do Theatro Treze de Maio, hoje a lição é sobre ecologia. A companhia santa-mariense Teatro Caixa de Sapato apresenta para a garotada a peça Machadinho Apaixonado – O Defensor da Natureza. O espetáculo será encenado às 15h30min e, de maneira divertida, mostra às crianças a importância da preservação do ambiente.
Unindo teatro e consciência ecológica, a montagem entra no universo infantil para contar a fábula de um machado que se apaixona por uma árvore. Joel Machado escreveu a peça, atua e dirige o espetáculo.
– É mais fácil ensinar uma criança do que mudar o pensamento de um adulto – diz o diretor, que é formado em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Santa Maria.
Ainda assim, o autor não desiste de despertar a consciência e propor o questionamento para os adultos. Junto ao fantástico e ao lúdico, há traços de crítica política, econômica e social.
– A criança não vai ao teatro sozinha. Então, tentamos alcançar os pais, resgatando momentos da história do nosso país, citando e alguns diálogos, por exemplo, o Plano Collor, o FMI... – diz Machado.
A peça conta os desafios de Machadinho Ventania (Tania Bilhalva) para salvar sua amada, a árvore Princesinha (Rafaela Cambraia). Ventania é forçado pelo patrão, o gaúcho Gaudêncio (Joel Machado), a cortar a última árvore em uma área desmatada. Então, ele conhece Princesinha e se encanta por ela.
Peça é um dos projetos financiados por LIC municipal
Para defender sua amada, ele precisa lutar contra o Machadão Adão (Douglas Winkelmann) e o Robô Serra (Geraldo Wobido).
Machadinho Apaixonado – O Defensor da Natureza é a primeira montagem da Cia. Teatro Caixa de Sapato, formada no ano passado. O espetáculo estreou em agosto de 2007, dentro do projeto socio-ambiental Verde Adoro Verde, da empresa santa-mariense Polo Electro, e teve quatro apresentações em bairros da cidade.
O espetáculo estará em cartaz no Theatro Treze de Maio por meio do projeto Treze – O Palco da Cultura. A peça é um dos espetáculos aprovados pelo projeto financiado pela Lei Municipal de Incentivo a Cultura (LIC), que permite que grupos locais se apresentem sem pagar os custos de aluguel do teatro.
(Por Renata Bianchini, Zero Hora, 27/08/2008)