Atualizando os dados do último relatório do Programa de Aceleração do Crescimento, de abril deste ano, que divulgou a finalização de 17% das obras da hidrelétrica de Estreito, localizada na divisa entre o Maranhão e Tocantins, o presidente o consórcio Estreito Energia, responsável pelas obras, José Renato Rodrigues Ponte, afirmou que 30% do projeto já está concluído.
A divulgação aconteceu durante o IV Fórum Acende Brasil, que aconteceu hoje (25), em São Paulo. Segundo o presidente, para as obras chegarem nesse ponto, foi preciso um amplo trabalho de diálogo com a comunidade local. "Fizemos mais de 2 mil reuniões com as famílias diretamente afetadas e produzimos o plano-diretor dos 12 municípios envolvidos, sendo que a maioria deles já foi aprovada", explica.
Para a obra, foi necessária a contratação de 2 mil pessoas que trabalham diretamente na construção. "Sabemos que, após a conclusão das obras, essas pessoas não terão onde trabalhar. Para evitar isso, fizemos uma parceria com os dois estados para que esses trabalhadores possam trabalhar nas obras do governo ou em outras empresas", revela.
ParalisaçãoAs obras para construção da usina hidrelétrica de Estreito, localizada na divisa entre o Tocantins e o Maranhão, foram paralisadas em junho. A Justiça Federal do Maranhão determinou a anulação da licença de instalação da usina até a complementação dos estudos de impacto ambiental da obra.
A decisão, assinada no dia 6, é fruto de uma Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público Federal nos dois estados, e teve como objetivo estender os estudos para a área de influência direta do lago.
Depois da determinação da Justiça Federal, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a União informaram que derrubaram a liminar no Tribunal Regional Federal, em Brasília, e evitaram a interrupção da obra.
A autorização para a construção, um projeto de R$ 3,3 bilhões e potência instalada de 1.087 MW, foi dada seis anos depois de terem sido iniciadas as discussões sobre impactos ambientais e compensações exigidas para a construção da usina.
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Amazonia.org.br, 26/08/2008)