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sacolas e embalagens plásticas material reciclável
2008-08-26

Iniciativa do setor supermercadista visa reduzir o uso das sacolas tradicionais. Lajeado conta com 20 mil embalagens alternativas

Pagar por uma sacola plástica, que hoje parece uma realidade distante do consumidor, pode se tornar comum em breve. A proposta integra um conjunto de ações planejado pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) com o objetivo de incentivar a reutilização das embalagens. O convênio visando reduzir o uso das tradicionais foi assinado na semana passada, durante a abertura da 27ª Convenção de Supermercados e Feira de Produtos, Serviços e Equipamentos (Expoagas), em Porto Alegre. Em Lajeado, apesar das 20 mil unidades alternativas que circulam no município, adaptar a idéia aos hábitos de consumo ainda é um desafio.

O acordo firmado entre a Agas e o Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida) pretende reduzir em 30% por ano a utilização de sacolas plásticas nos supermercados. A proposta inclui cobrar R$ 0,05 do consumidor por unidade. Um programa educacional de uso responsável das embalagens será implantado nas empresas do setor, com a conscientização de funcionários e clientes. O presidente da associação, Antônio Longo, destaca que 13% dos clientes levam para casa uma ou duas unidades sem necessidade. "Se conseguirmos reduzir em 30% estaremos fazendo uma economia de cerca de R$ 57 milhões no período", calcula. Por meio desse convênio, os estabelecimentos passarão a fornecer sacolas plásticas mais resistentes, garantindo segurança ao consumidor, que poderá dispensar a sobreposição.

Crescimento
Desde o ano passado, dez mil sacolas de pano foram distribuídas pela Secretaria do Meio Ambiente de Lajeado. Segundo a secretária Simone Schneider, considerando o material confeccionado por empresas e associações de moradores, o número de embalagens ecologicamente corretas no município chega a 20 mil. "A principal vantagem é a não utilização do plástico, que leva uma centena de anos para se decompor", ressalta. Além do acúmulo do material nos lixões, ela destaca que o plástico provoca obstáculos nos sistemas de canalização. Os sacos de pano podem ser obtidos na secretaria em troca de um quilo de alimento não-perecível.

A adesão, conforme a secretária, cresce dia a dia. "Tanto que temos notado as associações de moradores e clubes de mães fabricando as suas próprias sacolas. Nas escolas e creches os professores também incentivam", argumenta. De acordo com ela, a opção reutilizável não é vista apenas em supermercados, mas também no comércio em geral. A alternativa foi adotada principalmente nos bairros mais carentes. "Por incrível que pareça, tem sido muito mais forte do que onde há classes média e alta."

Prêmio ao bom exemplo
Despertar a conscientização ambiental com o sorteio de brindes: essa foi a forma encontrada pela Rede Vivo para aumentar o consumo das sacolas retornáveis. Com capacidade para até 15 quilos, a embalagem começou a ser adotada no ano passado e se tornou popular entre os clientes. "Retornando com ela, o consumidor ganha um cupom para concorrer a prêmios", explica o gerente operacional da rede em Lajeado, Devanir Alves. O primeiro sorteio foi de um automóvel. No próximo, em setembro, os clientes concorrerão a camisetas da dupla Gre-Nal. Os números da empresa comprovam que a iniciativa dá resultados. Desde o início do mês foram distribuídas 2.227 sacolas retornáveis. Destas, 1.721 foram utilizadas novamente no supermercado. Para Devanir, é possível ampliar ainda mais o índice de retorno.

Consumidor consciente, o casal Waldemiro e Marise Girardi não sai de casa sem a sacola retornável. "A nossa parte a gente procura fazer", explica ele. Boa parte das compras, no entanto, é levada para casa nas tradicionais embalagens plásticas. "Elas são indispensáveis para colocar o lixo", justifica o aposentado. A pedagoga Denise Stang aliou o compromisso ecológico à facilidade das sacolas especiais. "É mais prático e evita tanto volume de plástico", afirma.

Preocupação econômica
Para os supermercados, a reutilização de sacolas é, além de uma preocupação ambiental, uma questão econômica. Segundo o supervisor de loja do Imec Alceu Staziaki, as embalagens representam um dos maiores custos da empresa - cerca de 1% do total do faturamento. São 150 mil sacolas plásticas por mês, o equivalente a duas para cada cliente. O preço de cada uma, para a empresa, é de R$ 0,03. O gasto, de acordo com o supervisor, acaba refletindo no valor dos produtos. Uma mudança de hábito, no entanto, faz-se necessária para estimular o uso das sacolas de pano. Staziaki afirma que a maioria dos usuários é composta por donas-de-casa tradicionais, que saem de casa para ir às compras. "Quem sai do trabalho direto para o supermercado não traz a sacola", constata. "Vai ter de mudar esse hábito, pois é o maior entrave." Para ele, a cobrança pelas sacolas plásticas, apontada pela Agas como alternativa, pode ser uma solução. "No momento em que pesar no bolso, a consciência pode ser maior", acredita.

(Por Danton Boattini Júnior, O Informativo do Vale, 26/08/2008)


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