A resistência ao modelo neoliberal tem sido um componente central nas lutas das mulheres na América Latina. Seus posicionamentos e mobilizações partem da análise de que as relações de gênero estão no coração do modelo econômico, e que por isso é necessário mudar o mundo e mudar a vida das mulheres em um só movimento.
Na atual conjuntura, estão em curso na América Latina processos de Integração Regional que podem acumular no sentido da construção de alternativas ao neoliberalismo. São estratégicos neste momento temas que construam as bases para a soberania dos povos, como é o caso do debate sobre a matriz energética e a soberania alimentar.
É nesse contexto que a Marcha Mundial das Mulheres e as mulheres da Via Campesina organizam o Encontro Nacional Mulheres em Luta por Soberania Alimentar e Energética. O Encontro reunirá 400 trabalhadoras de todo o Brasil entre os dias 28 e 31 de agosto, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Os debates no Encontro serão organizados de modo a aprofundar a discussão sobre o modelo agrícola, alimentar e energético, e ampliar as reflexões em torno do debate de alternativas, articulando Integração Regional, soberania alimentar e energética. Outro componente importante do Encontro será os espaços para conhecer as experiências alternativas de produção e uso de energia, especialmente as protagonizadas por mulheres.
As delegações estão sendo organizadas nos estados pelas entidades organizadoras do encontro.
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MST,22/08/2008)