Integrantes do Grupo Executivo de Acompanhamento de Debates (GEAD) sobre Desenvolvimento Sustentável do Programa Sociedade Convergente da Assembléia Legislativa gaúcha (AL-RS) apresentaram, na manhã de sexta-feira (22/08), no auditório da biblioteca da Universidade de Passo Fundo, as principais conclusões e propostas contidas no relatório que elaboraram no mês de junho, em Porto Alegre.
A exposição integra a etapa regional do Programa Sociedade Convergente, que na semana passada iniciou debates nas nove regiões funcionais do Estado sobre os temas prioritários eleitos pelo Colégio Deliberativo do Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional, executor do programa. Os participantes do encontro sugeriram o nome de Vergílio Casani para representar a região na assembléia estadual prevista para o final do ano. Acompanhou o início da discussão o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Alceu Moreira (PMDB), que destacou a importância da participação qualificada nos encontros.
Para o diretor do Fórum Democrático, João Gilberto Lucas Coelho, o debate foi produtivo. "Houve algumas contribuições interessantes das pessoas presentes, como a proposta de que cada município tenha um banco de dados para facilitar a tomada de decisão sobre políticas públicas", destacou.
Conforme o coordenador do GEAD sobre Desenvolvimento Sustentável, o gerente do programa Redes de Cooperação do Ministério Público Estadual, Rodrigo Schoeller de Moraes, o relatório apresentado propõe a abordagem sistêmica de cada projeto desenvolvido no Estado. "A maioria dos projetos não tem uma visão sistêmica, isto é, não prevê impactos sociais e ambientais", afirmou.
Segundo ele, o documento está organizado em quatro partes. A primeira expõe as tendências do crescimento desordenado e o desafio por novos paradigmas para o desenvolvimento humano; a segunda aborda os critérios necessários para se estabelecer se o desenvolvimento de uma comunidade é, de fato, harmônico e sustentável; na terceira parte, são abordadas as diretrizes ligadas aos três eixos da sustentabilidade, econômico, social e ambiental; e, por fim, são apresentadas sugestões de perguntas a serem feitas nas nove regiões funcionais.
A economista Adriana Yamasaki, da Ocergs, discorreu sobre aspectos econômicos da sustentabilidade; o economista Helios Puig Gonzalez falou sobre aspectos sociais e Delmar Sittoni, representante do Conselho Estadual das Cidades, apresentou critérios ambientais.
(Por Marinella Peruzzo, Agência de Notícias AL-RS, 22/08/2008)