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danos ambientais poluição urbana desmatamento
2008-08-25

A maioria dos 13.128 entrevistados que participaram do “Our Green World” (Nosso Mundo Verde), uma pesquisa on-line concluída em junho de 2008 e realizada em 17 países pelo grupo TNS, líder mundial no segmento de pesquisas Ad Hoc (sob encomenda), considerou as condições ambientais em seus próprios países e no mundo  "ruim" ou, na melhor das hipóteses, "razoável". De acordo com o levantamento, essas pessoas têm uma avaliação precisa dos principais ofensores ecológicos e estão conscientes que países como os Estados Unidos, China, Índia, Japão, Indonésia, Rússia e Brasil são os principais responsáveis pelos maiores danos causados ao planeta.

No âmbito global, 62% dos entrevistados avaliaram o meio ambiente em seus próprios países como "razoável" ou "ruim". Em três países —  Brasil, Rússia e México —  esse percentual foi ainda maior, abrangendo mais de 80% dos pesquisados. Em apenas três países a maioria da população considerou o seu próprio meio ambiente como ''excelente”, “muito bom” ou “bom”: São eles a Austrália (58%),  os Estados Unidos (51%)  e o Reino Unido, também com  51%.  Somente um país – Cingapura —  teve uma avaliação excepcionalmente positiva para a sua situação ambiental — 81% das pessoas classificaram como "excelente”, “muito bom” ou “bom”.

Quando estimulados a avaliar as condições ambientais no mundo, a opinião é significativamente desfavorável  —  78% dos entrevistados definiram como “razoável ou ruim”. Em cinco países — Japão, Brasil, França, Rússia e Argentina – essa percepção é ainda mais intensa, representando a visão de mais de 90% dos entrevistados.

Poluição é o maior problema
Para a maioria dos respondentes (28% dos entrevistados globais) a poluição do ar é o principal problema ambiental do planeta. O desmatamento vem em segundo lugar (19%) e em terceiro a poluição da água (16%) e o subdesenvolvimento (16%). O estudo detectou, ainda, que na América Latina o maior enfoque é para a qualidade da água  (Brasil 43%) e (Argentina, com 38%). Na Ásia, o maior drama é a poluição atmosférica, com percentagens muito maiores que a média mundial (28%), sendo que esse item é considerado como a questão mais premente em Hong Kong (62%), em Cingapura (45%), na Coréia (41%) e na Tailândia (41%), na Malásia (36%) e no Japão (30%). Resíduos tóxicos e nucleares foram citados por apenas 8% dos entrevistados.

Os culpados
Os entrevistados afirmaram que a China e os Estados Unidos são os países que causam os maiores danos ecológicos. Todos os 17 países participantes da pesquisa, com exceção do Brasil, mencionaram esse dois países entre o três que causam maior preocupação. O Japão foi o mais crítico em relação à China (91% dos entrevistados argumentaram que esse é o país com o qual devemos nos preocupar). A Argentina, por sua vez, foi mais crítica com os  Estados Unidos (78%), seguida da Tailândia, onde 76% citaram os Estados Unidos como o maior problema.

Índia, Japão, Indonésia, Rússia e Brasil também ganharam destaque nessa lista de culpados. Curiosamente, em sete países os entrevistados mencionaram o seu próprio território como o principal poluidor. O país com a maior auto-crítica foi os Estados Unidos (63% dos entrevistados responderam que a América é o país mais preocupante) e o Brasil (42% dos entrevistados usaram o próprio país como referência).

Mudança de hábito
Cerca de 40% do total dos entrevistados afirmaram que mudaram de comportamento recentemente. O maior foco de mudanças foi em casa, em relação aos automóveis e também na forma de fazer compras. Do total da amostra, 69% afirmaram  que "sempre" ou "freqüentemente" desligam os computadores quando estes não estão sendo utilizados. Outra medida popular foi diminuir ou aumentar termostatos para ajustá-los às mudanças climáticas (63%), seguido por regular os automóveis (62%). Fazer compras em supermercados e lojas de vizinhança é visto como uma forma de reduzir o transporte desnecessário de produtos alimentares (61% disseram que fazem isso).

Outras iniciativas também obtiveram alta pontuação para "sempre" ou "frequentemente", como a utilização de lâmpadas fluorescentes (57%); reciclagem (56%); comprar produtos reutilizáveis (56%); desligar aparelhos eletrônicos quando não estão em uso ( 54%); excluir a carne das refeições (54%) e lavar a roupa utilizando água fria (53%).

Os incorretos
Mas a falta de hábitos ecologicamente corretos é bem marcante em alguns países. No Japão, por exemplo, 80% dos entrevistados dizem que "raramente" ou "nunca" fizeram qualquer tipo de reciclagem. Na Alemanha, 66% não revelaram disposição para lavar roupa em água fria. Na Rússia, 66% "raramente" ou "nunca" ajustam termostatos. Conduzir veículos que economizam gasolina não é hábito na Argentina (71% dizem que "raramente" ou "nunca" fazem isso). Também na Rússia, 57% "raramente" ou "nunca" adotam essa prática. Muito menos no México (60%), Hong Kong (52%) ou Cingapura (45%).

Leendert de Voogd, responsável Global da TNS para pesquisas sociais e políticas, afirma que, “embora o estudo revele predisposição das pessoas para avaliar e até encontrar culpados para os danos ecológicos, as mudanças ocorrem de forma muito lenta, uma vez que menos de 50% dos entrevistados não se preocuparam em modificar seus hábitos.

Medição de carbono
Outro questionamento incluído na pesquisa foi em relação ao compromisso com a neutralização de carbono. Menos de metade (42%) dos pesquisados desconhecer o assunto. Nesse tópico, entretanto, o levantamento registra grandes variações. Embora a expressão seja familiar para 97% dos entrevistados do Japão e 94% do Reino Unido, o mesmo não ocorre na Alemanha (onde apenas 15% das pessoas conhecem) ou na Coréia (12%). No entanto, o percentual de motivação é elevado entre aqueles que conhecem o significado do “carbono footprinting” (pegadas de carbono) e que pretendem  medir suas próprias “pegadas ecológicas” num futuro próximo. No Brasil, 93% da população se interessou pela prática. O mesmo grau elevado de motivação foi verificado em Hong Kong (73%), no México (72%) e na Tailândia (70%).

Sobre o estudo Our Green World
A TNS concluiu, em junho de 2008, a análise dos resultados desse estudo realizado em 17 países para avaliar as atitudes, percepções e comportamentos ecológicos. Um total de 13.128 pessoas foram entrevistadas on-line nos seguintes países: Argentina, Austrália, Brasil, França, Alemanha, Hong Kong, Itália, Japão, Coréia, Malásia, México, Rússia, Cingapura, Espanha, Tailândia, Reino Unido e Estados Unidos. A pesquisa foi realizada através do Painel da TNS 6th Dimension. Na Argentina, Brasil e México os painelistas foram fornecidos pela Livra – parceira da TNS.

Sobre a TNS InterScience
Com tradição de 24 anos em pesquisa de mercado, a InterScience Informação e Tecnologia Aplicada, que após a incorporação em 2005 pela holding inglesa TNS (Taylor Nelson Sofres), líder mundial no segmento de pesquisas Ad Hoc (sob encomenda), passou a se denominar TNS InterScience, tem se destacado pela utilização de metodologias inovadoras e conhecimento dos diversos setores de mercado para auxiliar a tomada de decisões em processos relacionados a desenvolvimento de produtos, avaliação de marcas e comunicação, segmentação e satisfação de clientes. A TNS possui uma rede global de empresas e marca presença em mais de 70 países, o que permite oferecer, de forma consistente em todo o mundo, soluções inovadoras de pesquisa e profundo conhecimento para análise dos resultados. O objetivo estratégico da empresa é ser reconhecida como líder global na entrega de informação, conhecimento e insights  que auxiliem os clientes na tomada de decisões.

(Envolverde, 22/08/2008)


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