O 10º Congresso Florestal Estadual e 1º Seminário Mercosul
da Cadeia Madeira finalizou sexta-feira (22/08),
em Nova Prata, os quatro
dias de debates sobre florestas, silvicultura e mudanças climáticas com a
audiência pública da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Os parlamentares gaúchos foram unânimes em afirmar que o Congresso é
um dos maiores eventos do País na abordagem das questões florestais e que o
evento, somado ao 1º Seminário Mercosul da Cadeia Madeira, contribui para o
trabalho da Assembléia, relativo ao setor,
pelo aporte técnico e científico da programação.
Estavam presentes o presidente da Comissão de Economia e
Desenvolvimento, deputado Nelson Härter, que foi relator da Comissão Especial
de Reflorestamento, e os deputados José Sperotto e Iradir Pietroski. O
Presidente da Assembléia, Alceu Moreira, participou do encerramento da
audiência pública.
"O setor florestal merece atenção especial por parte
das estruturas do Estado e saímos deste Congresso com alternativas para
encaminhamentos no sentido de uma legislação menos burocrática", afirmou
Härter. "Temos tido uma postura em favor do setor florestal, sem descuidar
do aspecto ambiental, assim como os empreendimentos têm cumprido a legislação e
primado pela sustentabilidade", acrescentou.
Conforme Härter, pela necessidade de a Assembléia aprofundar
o conhecimento sobre a silvicultura e as implicações ambientais e econômicas de
novos empreendimentos, foi criada a Comissão Especial de Reflorestamento,
presidida pelo deputado Marco Peixoto, que percorreu o Rio Grande do Sul
durante quatro meses com
visitas
técnicas e audiências públicas. O relatório final foi referendado na audiência
pública do Congresso Florestal.
O deputado Iradir Pietroski lembrou que o assunto que a
Assembléia passou a discutir nos últimos anos já é enfocado pelo Congresso
Florestal há 40 anos. "Mas ainda é preciso mais debates no Executivo, no
Ministério Público, no Judiciário e a Assembléia vai encaminhar aquilo que a
sociedade decidir", ponderou.
Já o deputado José Sperotto comentou que na Finlândia, país
com área semelhante ao Rio Grande do Sul, o território é ocupado em 70% por
florestas plantadas e que no RS os investimentos no setor prevêem uma ocupação
de até 3% da sua área total. "Informações verdadeiras e científicas nos
mostram que é possível sim plantar eucalipto, pinus e acácia, como outras
exóticas já cultivadas aqui", declarou Sperotto.
O Presidente da Assembléia, Alceu Moreira, ressaltou a
necessidade de valorização da pesquisa, reaparelhando órgãos do Estado para
esse fim e aproveitando o trabalho desenvolvido em universidades. "As
crendices atrasam sociedades inteiras. Precisamos utilizar as pesquisas
científicas, pois elas vão viabilizar o Estado do futuro", disse. Para
Moreira, os assuntos não podem ser
tratados de forma segmentada. "A sociedade é uma coisa só. Temos que
estabelecer a harmonia entre o social, o ambiental e o econômico",
O Presidente do Congresso e Seminário, Claudio Dilda,
entregou ao Presidente da Assembléia o documento
que contém a consolidação das propostas
formuladas em 10 encontros e 12 seminários regionais referentes ao marco legal,
políticas públicas e ciência e tecnologia, buscando apoio do Legislativo para a
criação de um fórum permanente de discussões do setor florestal e da
silvicultura, alterações na legislação pertinente ao setor com embasamento
científico e aporte de recursos para qualificação de mão-de-obra a ser
aproveitada na cadeia madeira.
Dilda encerrou os eventos afirmando que a interação é que
produz bons resultados. "A cooperação resulta em muito mais do que a
concorrência. O nosso destino é comum", destacou.
(Assessoria de Imprensa, 22/08/2008)