Representantes de 192 países estão reunidos em Accra, capital de Gana, na África, desde o dia 19 (até o dia 25 de agosto), para mais uma rodada de negociações sobre mudanças climáticas. O encontro tem o objetivo de preparar o documento que substituirá o Protocolo de Kyoto, depois de 2012, quando expira o acordo.
Os primeiros dias da reunião já demonstram que, como nos encontros anteriores, será difícil aprovar propostas concretas. O Greenpeace também participa do evento e está fazendo pressão para a aprovação de propostas consistentes.
Há dois processos correndo em paralelo no encontro: um grupo trabalha em cima dos compromissos que deverão ser assumidos pelos países desenvolvidos (que compõe o chamado anexo 1), enquanto outro discute a posição das nações em desenvolvimento.
Na pauta dos dois grupos estão temas como o futuro dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpos (MDL). Há movimentos para incluir sistemas de captura de carbono e produção de energias nucleares entre os MDL, ao que o Greenpeace é contra.
Um dos grandes desafios enfrentados pela organização é manter na pauta os temas aviação e combustíveis navais. Pressões contrárias querem passar para as associações industriais a função de traçar as metas, e voluntariamente.
Também está na mesa de discussão sobre o Uso da Terra, Troca do Uso da Terra e Florestas (LULUCF, na sigla em inglês). Países como Canadá e Nova Zelândia estão tentando melar as conquistas de reuniões anteriores reabrindo acordos já fechados.
(Greenpeace, 21/08/2008)