Equipamento há cinco anos em Barra Velha estaria contaminando a água com óleo
Quem veraneia ou já passou por Barra Velha, no Litoral Norte de Santa Catarina, já deve ter visto ou tirado foto da lagoa perto da praça central da cidade, com uma draga enorme e enferrujada parada numa das laterais. O maquinário, que já faz parte da paisagem do local, recebeu ordem da Justiça para que seja retirado do local.
O prazo de 30 dias dado à empresa Transpavi Codrasa, de São Paulo, dona do equipamento, para retirar a máquina do local vence no dia 29. A decisão é do juiz Edson Luiz Oliveira, de Barra Velha, a partir de uma ação civil pública. Por segurança, o juiz também pediu o isolamento da draga. Na semana passada, fiscais da Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fundema) rodearam o equipamento com fitas amarelas.
A ordem veio depois que a Fundema constatou vestígios de óleo e ferrugem diluídos na água, no interior e entorno da draga.
De acordo com o presidente da fundação, Orestes Rebello, a draga está estacionada no local há pelo menos cinco anos. O equipamento foi usado no desassoreamento e no chamado "engordamento" (a retirada de areia do fundo do mar para aumento da faixa de areia) da praia Central. A operação terminou em 2003.
Após o serviço, a máquina foi deixada na lagoa porque havia previsão de que fosse usada na abertura da boca da barra do rio Itapocu. A obra começou em junho deste ano e, como a dragagem do canal será feita por outra empresa, é provável que o equipamento não volte a ser usado em Barra Velha, segundo a Prefeitura. A Transpavi Codrasa não atendeu às chamadas telefônicas, ontem à tarde, para falar sobre o caso.
(A Notícia, 21/08/2008)