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eucalipto mata atlântica carvão vegetal
2008-08-21
Denúncias feitas na Linha Verde do Ibama foram confirmadas pela fiscalização ambiental: a mata atlântica está sendo destruída no Espírito Santo para plantio de eucalipto. O crime ambiental foi constatado um operação conjunta da Polícia Federal, Idaf, Polícia Militar Ambiental e do Ibama nos municípios de Ibiraçu, João Neiva e Fundão.

A informação é do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O órgão tem como regra não informar o nome dos que praticam crime ambiental e os protege desta forma. O pretexto é de que os autuados têm prazo para recorrer. O superintendente do Ibama no Espírito Santo é Reginaldo Anaissi Costa, funcionário de carreira do órgão.

Segundo o Ibama, a operação conjunta da Polícia Federal, do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Polícia Militar Ambiental e da sua fiscalização nos municípios de Ibiraçu, João Neiva e Fundão foi “para verificar uma série de crimes denunciados na Linha Verde”.

Informou que em João Neiva foi constatado que uma área desmatada teve seu embargo descumprido e o proprietário estava plantando eucalipto no local. No site, o Ibama diz que sua fiscalização multou o dono em R$ 100 mil e vai encaminhar o processo para o Ministério Público Federal (MPF).

Diz ainda que o responsável pela área “pode ser obrigado a derrubar o eucalipto plantado, tanto pelo Ministério Público quanto pelo Ibama”. E, ainda, ter que replantar mudas de espécies de plantas que fazem parte da vegetação nativa do local como pena por ter descumprido o embargo da área.

O Ibama também informa que seus fiscais notificaram outra propriedade por descarte de embalagens de agrotóxico em local impróprio. E que autuaram outras duas propriedades, uma em R$ 6 mil por desmatamento e outra em R$ 2,6 mil por anilamento de árvores. Nesta última propriedade o responsável estava matando as árvores através de remédios para que a vegetação nativa do local desaparecesse de forma aparentemente natural.

A denúncia - Século Diário noticiou a denúncia registrada sob o número 6513/2008 na Linha Verde. O serviço é ligado à Ouvidoria da instituição.

A denúncia lista os seguintes proprietários como criminosos ambientais:

Edgar Carreto - foi encontrada no dia 29/06/2008 com grande quantidade de madeira cortada em sua plantação de cacau. Endereço: estrada Demétrio Ribeiro, à esquerda, antes da casa de seu empregado.

Proprietário: Aloísio Morellato (ex-prefeito de João Neiva/ES) - Várias árvores envenenadas dentro de sua propriedade de cacau. Endereço: estrada Demétrio Ribeiro, no povoado de Demétrio Ribeiro.

Proprietário: Estiavan - Várias árvores mortas em sua propriedade. Segundo informações, elas foram envenenadas. Endereço: estrada Demétrio Ribeiro, ao lado da Estação de Tratamento de Esgoto do SAAE. Do outro lado do Córrego Crotário.

Proprietário: José Alonso Cometi (presidente do Sindicato Rural Patronal). - Além de árvores envenenadas, existe grande quantidade de madeira dentro de sua plantação de cacau. Endereço: estrada de Sauna, à esquerda, depois de Demétrio Ribeiro.

Proprietário: Afonso Corrêa - No dia 29/06 tinha um caminhão carregado com madeira nativa em frente a sua casa. Do lado direito existe um forno de carvão e acima existe uma mata que segundo informações é de onde ele extrai madeira para fazer carvão. Endereço: Estrada de Sauna.

Proprietário Célio Mortuline - Várias árvores mortas em sua propriedade e outras envenenadas. Endereço: Estrada Demétrio Ribeiro.

Proprietário: Ausides Modeneze - Há informações que ele extrai madeira de mata nativa para produzir carvão. Endereço: estrada de Sauna, no sítio do advogado Túlio, à direita, e próximo a sua casa, à esquerda.

(Por Ubervalter Coimbra, Século Diário, 21/08/2008)

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