Como é sabido,
a governadora Yeda Crusius anda pela Holanda atrás de investimentos para o Estado. Mas sua ausência não foi impedimento para que a posição do governo do Rio Grande do Sul fosse destacada na abertura do 10º Congresso Florestal Estadual e 1º Seminário Mercosul da Cadeira Madeira, ontem (20/08) em Nova Prata.
O Chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, como seu representante oficial, leu uma carta com as palavras da governadora:
“Não quis que minha ausência do Estado me impedisse de expressar o otimismo e entusiasmo com que percebo a atuação da cadeia produtiva de base florestal. Foi essa percepção que me levou a adotar as providências que todos conhecem em relação aos licenciamentos. Aliás, uma ampla evidência do impacto produtivo e positivo ocasionado pelo setor nos é fornecida pela própria observação da realidade do município de Nova Prata, onde a araucária gerou significativo efeito no desenvolvimento socioeconômico no final dos anos 60. Desde então, a cadeia produtiva, com seus empreendedores, investidores locais e internacionais, dinamizando-se e diversificando-se, descortina para nosso Estado um importante acréscimo a sua matriz econômica, gerando postos de trabalho e renda para nossos municípios”.Ainda estiveram presentes na cerimônia, o
Deputado Federal Beto Albuquerque ; o representante do Ministérios da Agricultura, Elvison Nunes Ramos; representante da CaixaRS, Floriano Isolan; Presidente da Fundação de Economia e Estatística do RS, Adelar Fochezatto e o Presidente da Ageflor, Roque Justen, entre outras autoridades.
Madeira sustentou crescimento de Nova Prata
Liege Casagrande, secretária de Meio Ambiente de
Nova Prata
contou aos presentes que o bom índice de desenvolvimento do município,
de pouco mais de 20 mil habitantes, só foi possível graças à exploração
da madeira e seus manufaturados.
Muito por isso, a cidade se
desenvolveu graças ao corte massivo de araucárias nativas para os mais
diversos fins. Hoje, a secretária garante que é coisa do passado. “Se
os antigos tivessem consciência de plantar duas nativas para cada uma
cortada, imagina como seria a região hoje em dia”, sonha.
A
realidade do município agora é outra. Lembra a vizinha Gramado, mas sem
o mesmo apelo turístico. Vive basicamente da indústria da
transformação. Tem o título de
Capital Nacional do Basalto.
Mas também tem comércio forte, hortifrutigranjeiros e móveis. Alguns
moradores ainda plantam pinus e eucalipto, mas é quase nada comparado
as cidades de região Sul do Estado. “São plantios ocasionais para
produção de energia nas olarias, construção civil e alguma coisa de
móveis”, explica Liege, que é arquiteta de formação.
A
Secretaria de Meio Ambiente de Nova Prata é recente. Foi criada e
anexada a do Planejamento em 2003, quando também foi habilitada pela
Fepam ao licenciamento ambiental de impacto local.
Ela foi uma das palestrantes de ontem (20/08) no 10º Congresso Florestal Estadual e 1º Seminário Mercosul da Cadeira Madeira.
(Por Carlos Matsubara, Ambiente JÁ, 21/08/2008)