O governo do Peru declarou estado de emergência de 30 dias em três províncias em meio a protestos de tribos da região amazônica contra a ocupação de suas terras ancestrais por companhias de petróleo. A declaração ocorre depois que milhares de índios peruanos das regiões da Amazônia bloquearam estradas e ocuparam várias instalações de empresas de petróleo.
A companhia de capital argentino Pluspetrol Corp. informou que retirou seus trabalhadores dos campos de gás natural na Amazônia peruana na semana passada como precaução durante os protestos. O gabinete do presidente Alan Garcia assinou a medida hoje para as províncias de Baguá e Utcubamba, ambas no Estado Amazonas, Datem del Maranon, no Estado de Loreto, e no distrito Echarate de La Convencion, na província de Cuzco.
As negociações entre os líderes indígenas e o Ministro de Meio Ambiente, Antonio Brack Egg, foram interrompidas quando o governo disse que apenas se sentaria com os organizadores dos protestos se eles cancelassem as manifestações. O estado de emergência suspende alguns direitos constitucionais, incluindo o direito de se reunir. As comunidades indígenas reclamam que o governo concedeu as companhias de petróleo o direito de explorarem suas terras ancestrais sem seu consentimento. As informações são da Dow Jones.
(Estadão Online, AmbienteBrasil, 19/08/2008)