A Aracruz Celulose S/A iniciou quinta-feira o processo de plantio de mudas de árvores nativas na área do antigo lixão na Vila do Asseio, no perímetro urbano de Rio Pardo. Cerca de 36 pessoas, divididas em duas equipes, trabalham até este final de semana para concluir o plantio e o cercamento da área. Segundo o engenheiro florestal da empresa, José Luís Gassen de Meneses, entre as espécies plantadas estão açoita-cavalo, tarumã, ingazeiro, branquilho, angico, jerivá, camboatã-branca, canela e chá de bugre. O custo está estimado em cerca de R$ 35 mil.
O plantio estava previsto no acordo que o município firmou em 2005 com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para implantação de projeto de recuperação do terreno. Mas no início de julho deste ano, a Aracruz assumiu o compromisso de efetuar a recuperação do local em Rio Pardo a título de compensação ambiental. A assinatura do termo ocorreu no Ministério Público de Rio Pardo com a participação da Promotoria de Justiça, representantes da Aracruz Celulose e Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
O engenheiro Meneses informou que a maioria das mudas plantadas no antigo lixão durante os últimos dias veio do viveiro da empresa. Além do plantio no entorno da área de 4,82 hectares, em 10 dias será feita adubagem, monitoramento por cerca de seis meses até as plantas chegarem a um ponto considerado seguro para o desenvolvimento e o fechamento do local com aproximadamente 1.200 metros de cerca para evitar a entrada de animais.
A área próxima às margens do Rio Jacuí, na Vila do Asseio, funcionou como depósito de lixo por praticamente quatro décadas e gerou transtornos aos moradores próximos. Além do mau cheiro, principalmente em dias de maior calor, a proliferação de moscas atrapalhava não apenas a população da cidade, como do Balneário Porto Ferreira. Nos períodos de enchente do Rio Jacuí, as águas invadiam o local.
(Gazeta do Sul.
Adaptado por Celulose Online, 19/08/2008)