A Klabin introduziu o eucalipto em Santa Catarina por entender que, mais que possível e viável, é vantajoso trabalhar em associação com o pinus. Gleison dos Santos, um dos engenheiros florestais da empresa, lembra que o eucalipto é uma árvore com fibras curtas, menos resistentes e ideais para a fabricação de papéis para impressão, papéis higiênicos e guardanapos.
Já as fibras longas do pinus têm maior resistência, e servem para a produção de caixas de papelão e sacos industriais. Vale lembrar ainda que as duas árvores podem fornecer madeiras para outros fins que não o papel e celulose, como móveis, construção civil, palanques para cercas nas propriedades rurais, obras em geral e, no caso do eucalipto, como fonte de energia para indústrias.
O gerente geral florestal da Klabin, José Aldezir de Luca Pucci, lembra que a rentabilidade do eucalipto e do pinus pode ser semelhante no produto final. Para escolher entre uma cultura e outra, o produtor deve fazer, com assistência técnica qualificada, uma análise completa de sua propriedade. - Por ter um ciclo mais curto, o eucalipto tende a render dinheiro mais rápido que o pinus.
No entanto, exige muito mais cuidados, como a escolha e preparação do solo, fertilização e limpeza. É necessária a presença humana com freqüência na floresta, para conferir como está o desenvolvimento das plantas - diz José Aldezir.
Com mais de 700 espécies diferentes, o eucalipto é cultivado em áreas entre 400 e 800 metros acima do nível do mar, mas a clonagem permite que adaptá-lo facilmente a altitudes menores ou maiores. Na Serra, com o frio, é possível produzir árvores resistentes a pragas e doenças.
(Diário Catarinense.
Adaptado por Celulose Online, 19/08/2008)