Vereadores de Gravataí aprovaram, em sessão ordinária do último dia 31 de julho, requerimento solicitando ao Executivo que informe de que maneira a Prefeitura ou algum órgão a ela ligado, está lidando com relação ao depósito de ADF – Classe II (areias descartadas de fundição), existente na estrada Passo do Portãozinho, 3550, Passo do Pinto. O presidente da Câmara, vereador Vail Carlos Corrêa (PTB), autor do requerimento, defendeu seu pedido de informação na Tribuna e ressaltou o perigo de contaminação que os resíduos apresentam e o fato do depósito estar instalado próximo à escola municipal Murialdo.

“Os moradores estão preocupados e me procuraram para esclarecer a situação. Estamos pedindo informações ao Executivo para ver se o depósito de lixo no local é monitorado pela Prefeitura e se cumpre com as determinações de proteção ambiental. Estão fazendo lá o depósito de areia descartada de fundição e precisamos saber que danos isso pode causar ao nosso meio ambiente”, enfatizou Vail Corrêa.

A vereadora Anabel Lorenzi (PSB) falou que tem conhecimento da situação e que existe um pedido encaminhado ao Ministério Público para que investigue a situação do depósito. “É um fato muito preocupante pela localização da escola e também porque esta era uma região bastante preservada até então”, disse Anabel Lorenzi. O vereador Acimar Antônio da Silva (PMDB) também manifestou preocupação com o depósito de ADF – Classe II. “Esse material usado na fundição tem todo tipo de metal pesado, que pode contaminar a água e o solo da região. O volume que já está depositado é enorme. São milhares de toneladas, em média 10 carretas por dia. Até a estrada que dá acesso está esburacada pelo grande fluxo de caminhões que passa diariamente por ali”, denunciou Acimar Silva.

O vereador Paulo Bones (PT) argumentou que há um problema de informação sobre o depósito. “Já pedi para a assessoria jurídica da Prefeitura fazer um levantamento e tomar a atitude de cancelamento se houver depositado no local resíduos de classe II ou até mesmo de classe I. É estranho que este depósito esteja regulamentado. É muito rigorosa a Legislação para liberação de funcionamento de depósitos de resíduos desta categoria”, disse Paulo Bones.

(Ascom Câmara de Vereadores de Gravataí, 31/07/2008)