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suzano celulose e papel celulose e papel
2008-08-18

O Maranhão se prepara para receber mais um grande empreendimento: a implantação de uma unidade da Suzano Papel e Celulose. O protocolo de intenções foi assinado pelo governador Jackson Lago, quinta-feira (14), no Salão de Atos do Palácio dos Leões, assegurando a instalação de uma fábrica de celulose na região Sul do Estado. O documento também foi assinado pelos diretores da Suzano, Rogério Ziviani e Luiz Cornacchioni; e pelos secretários de Estado de Indústria e Comércio, Júlio Noronha e de Fazenda, José Azzolini.

"Este é um novo momento para o Maranhão que recebe um grande empreendimento que vai contribuir para tornar realidade os sonhos da população", declarou o governador. "É um gesto que terá reflexo junto a outros grandes empreendimentos que também desejam se implantar no Estado. O que mais nos conforta é a perspectiva de geração de oportunidade de trabalho, de emprego e de renda Maranhão começa a sair das suas potencialidades para dar passos concretos e se tornar economicamente desenvolvido e socialmente justo", ressaltou.

O diretor executivo da Suzano, Rogério Ziviani, explicou que o estudo inicial para implantação do projeto elegeu 26 localidades, apontando o Maranhão como o mais viável, atendendo a todos os pré-requisitos para receber uma fábrica de celulose de grande porte. Entre as exigências, água, logística, clima e pessoas qualificadas.

"O Maranhão está de parabéns e é um orgulho para o grupo Suzano, fundado há 85 anos, firmar este protocolo que vai possibilitar a implantação de um empreendimento voltado 100% para exportação", explicou Rogério. Ele disse que a Suzano é uma das 10 maiores produtoras de papel do mundo, sendo a segunda em produção de celulose a partir do eucalipto. "Só para se ter idéia, o projeto prevê a plantação de 62 milhões de mudas de eucalipto por ano, entre 1.200 a 1.700 mudas plantadas por dia".

A Suzano Papel e Celulose, maior empresa em faturamento do setor de papel e celulose do Brasil, propõe um investimento em torno de 1,8 bilhão de dólares para implantar a nova unidade, que deve gerar cerca de 12 mil empregos diretos e indiretos.

A partir da implantação do plano de expansão, a empresa ampliará o volume de produção de celulose em torno de 150% com um acréscimo de 4,3 milhões de toneladas na capacidade atual, resultado de três novas linhas de 1,3 milhão de toneladas cada uma, além de outras 400 mil toneladas que resultarão da otimização daquelas existentes em Mucuri. Com isso, a empresa atingirá capacidade de 7,2 milhões de toneladas de papel e celulose até 2015.

De acordo com informações da Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, a fábrica de celulose deve entrar em operação em 2013, antecipando a sua operacionalização em dois anos, graças a intervenção do Governo do Estado junto à Vale, que possui florestas de eucalipto que vão ser aproveitadas pela Suzano, além de oferecer logística para escoamento da produção. "É um empreendimento inédito para o Maranhão. Já tínhamos a floresta de eucalipto, agora teremos um complexo industrial que vai ter como produto final a produção de papel", revelou o secretário de Indústria e Comércio, Júlio Noronha.

"A escolha do Estado foi técnica, mas a empresa sentiu confiança em propor a implantação dessa unidade que é de grande importância econômica para o país". Júlio Noronha disse que foram dois anos de estudos até chegar à assinatura do protocolo. Ao Governo do Estado caberá a responsabilidade de garantir mão-de-obra qualificada, enquanto a empresa se compromete em realizar a contratação do trabalhador maranhense e de negociar com empresas locais.

"O investimento é muito positivo, pois trará desenvolvimento para as regiões Nordeste, Centro-Oeste e ainda prevê parcerias com agricultores, pecuaristas, parceiros privados no investimento da logística (ferrovia, rodovia e portos), movimentando toda uma cadeia produtiva que incorpora a mais moderna tecnologia, inovação e preservação ambiental", avalia Júlio Noronha.

A solenidade contou com a presença do vice-governador, Luiz Carlos Porto, de secretários estaduais, deputados estaduais e federais, e os presidentes da Indústria do Ferro Gusa do Maranhão, Cláudio Azevedo; da Câmara dos Dirigentes Lojistas, Socorro Noronha; Federação do Comércio, José Arteiro; vice-presidente da Fiema, Edílson Baldez; presidente da Associação Comercial do Maranhão, Zeca Belo, representantes da Vale, Carlos Jorge Macedo e dos bancos do Brasil, Marcos Aurélio Araújo e do Nordeste, Sérgio Brito; prefeitos de Cidelândia, José Carlos e de Porto Franco, Deoclides Macedo, entre outras autoridades.

Empreendimentos
Na ocasião, o governador também apontou a chegada de outros empreendimentos como os Estaleiros Mauá e Eisa, para fabricar navios e plataformas; instalação de uma refinaria pela Petrobras, que deverá ser a maior da América Latina, voltada para refinar 600 mil barris diários de petróleo, que deve ser construída no município de Bacabeira. Destacou, ainda, programas importantes como o do Etanol e do Biodiesel.

"Temos que nos preparar, qualificando mão-de-obra maranhense para receber esses empreendimentos que vão gerar emprego e renda para milhares de pessoas", ressaltou. Porto do Itaqui - Jackson Lago disse que vai propor, na próxima reunião com os governadores que compõem o Fórum dos Governadores do Corredor Centro-Norte, a participação deles no Conselho do Porto do Itaqui, que atualmente está sendo administrado de maneira compartilhada entre Governo do Estado e Governo Federal.

"Espero ter o apoio de todos para buscar melhorias para o Porto do Itaqui, que estrategicamente é muito importante para o escoamento da produção, possibilitando a estes estados próximos o barateamento dos custos de transporte".

(Celulose Online, 18/08/2008)

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