'Subimos na chaminé perto das 8h e poucos minutos depois já havia rádios transmitindo ao vivo e um enorme engarrafamento. Foi surpreendente', lembra Sidnei Sommer. A mobilização na Usina do Gasômetro foi intensa. Pessoas que passavam pelo local acompanharam o ato e o trânsito ficou parado no trecho. Para impedir a mobilização, um brigadiano chegou a subir na chaminé para convencer os integrantes a deixarem o local. Porém, eles permaneceram. Do alto da chaminé, o grupo acompanhou as informações e as negociações entre a Brigada Militar e dirigentes da Agapan pelo rádio. 'Na época, não existia celular. Quando precisávamos avisar algo, mandávamos bilhetes dentro de potes', recorda Sommer.
Quando o primeiro, Gerson Buss, desceu, o acordo foi desfeito e a BM tentou prendê-lo, mas não conseguiu. 'Foi uma confusão porque tinha muitas pessoas no local. No final das contas, eu escapei pegando um carro e a Brigada prendeu um assessor de vereador no meu lugar', lembra Buss. Por volta das 16h, os outros manifestantes desceram.
Junto com outros integrantes da Agapan, eles seguiram à Câmara de Vereadores para acompanhar a votação do projeto. Com o tumulto gerado pela lotação do plenário, a sessão foi transferida para o dia seguinte, quando foi aprovado sem dificuldades.
(CP, 17/08/2008)