Desde que as brigas de galo foram proibidas, no ano passado, no estado americano do Novo México, as autoridades se empenham para combater a prática sangrenta. Muito investimento do governo tem sido aplicado na fiscalização, mas a atividade continua sendo praticada em arenas clandestinas.
Com a ajuda de grupos de direitos dos animais, a polícia investiga e organiza as batidas. A última grande ação, em dezembro, levou duas semanas de preparação e utilizou até um helicóptero. Mas ao contrário da expectativa de prisão de 200 envolvidos, apenas uma meia dúzia foi indiciada. Os praticantes contam com a ajuda de olheiros, que avisam quando a polícia está a caminho.
A prática da briga de galo é um hábito muito antigo em comunidades rurais e hispânicas, o que torna difícil a aceitação da nova lei. Os oficiais destinados para a fiscalização reclamam que as penas ainda são muito brandas e pedem mais recursos para combater o delito.
Famílias inteiras viviam dos rendimentos gerados pela atividade e a proibição representou um duro golpe na economia do estado. Os lucros obtidos com as brigas de galo, como hotéis, lojas de alimentos e material especializado sofreram queda de 70% em média. Enquanto lutam na justiça para tentar reverter a lei, os donos de galos de briga e arenas ainda não se desfizeram dos animais ou da estrutura dos criadouros na esperança de voltar a legalidade.
(G1, AmbienteBrasil, 14/08/2008)