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usinas nucleares passivos da energia atômica
2008-08-14

Documentos confidenciais obtidos pelo Greenpeace revelam que os procedimentos básicos de segurança não foram seguidos na construção do Reator Pressurizado Europeu (EPR, na sigla em inglês) Olkiluoto 3, na Finlândia. O Greenpeace exige que a obra seja paralisada imediatamente.

Dr. Helmut Hirsh, especialista independente em segurança nuclear, analisou os documentos e concluiu que as violações ocorridas no EPR finlandês são "um claro caso de más práticas e indicadores de uma cultura de segurança ruim", e dá "razão para preocupações sérias sobre a resistência do prédio do reator de Olkiluoto 3", aumentando o risco associado a eventos externos como terremotos, explosões ou impacto de mísseis.

Hirsh tem 30 anos de experiência na área e trabalhou para os governos da Áustria e da Alemanha. Ele é membro do grupo de especialistas da Agência de Energia Nuclear da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico 

Os documentos técnicos, que incluem Especificações de Procedimento de Soldagem, mostra que a estatal francesa Areva, responsável pelas obras, permitiu que trabalhos de soldagem fossem feitos fora dos procedimentos aprovados durante mais de um ano. A qualidade da solda não foi verificada e amostras de testes de cada porção de soldas não foram coletadas. Se levarmos em conta que não há pessoal qualificado para supervisionar a soldagem, a falta de padrão é ainda mais alarmante.

"Enquanto que a energia nuclear é inerentemente insegura, a falta de uma cultura de segurança por parte da contratante Areva e seus subcontratados pode exarcebar significativamente os riscos relacionados a esse reator nuclear. Não estamos falando de uma fábrica de biscoitos - construir uma usina nuclear exige cuidados extremos. Negligenciar padrões de segurança pode ser desastroso", afirma Lauri Myllyvirta, da campanha de Nuclear do Greenpeace Finlândia.

Este é o mais recente caso de uma série de erros na construção de Olkiluoto 3, um EPR desenhado pela França. Apesar dos trabalhos terem começado recentemente, em 2005, o reator EPR na Finlândia está com seu cronograma de obras atrasado em dois anos, teve seu custo dobrado desde o orçamento inicial e mais de mil problemas foram registrados, incluindo aí uso de concreto de baixa qualidade, defeitos em soldagens e uso de componentes chaves fora dos critérios exigidos. No final de julho, um incêndio no local da obra causou sérios danos nas partes externas e internas das estruturas do muro do prédio do reator.

Os dois reatores EPR que estão sendo construídos no mundo - Olkiluoto 3 e Flamanville 3, na França – convivem com vários problemas de segurança, atrasos e custos cada vez maiores. Apesar disso, o presidente francês Nicolas Sarkozy e as estatais Areva e Electricité de France (EDF) vêm tentando vender os reatores franceses para vários países, como Brasil, Canadá, África do Sul, Turquia, Grã-Bretanha e Estados Unidos. 

A energia nuclear prejudica o investimento em soluções mais inteligentes e viáveis para combater as mudanças climáticas, como o foco em fontes renováveis e programas de eficiência energética. Nosso relatório [R]evolução Energética mostra que essa combinação pode suprir o mundo com metade da energia necessária até 2050, sem a energia nuclear.

(Greenpeace, 13/08/2008)


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