O Governo prepara-se para distribuir vales para aquisição de lâmpadas de baixo consumo por 500 mil a 600 mil famílias carenciadas, promovendo a redução da conta da electricidade destas famílias e a poupança energética nacional.
Cada vale dará acesso a cinco lâmpadas com alta eficiência energética, revela hoje o “Diário Económico”, num total de cerca de três milhões de lâmpadas deste tipo a distribuir, abrangendo cerca de 13 por cento das casas habitadas. Os vales poderão ser trocados nas lojas da EDP ou dos grupos Sonae (proprietária do PÚBLICO) e Jerónimo Martins – que detêm as cadeias Modelo e Continente, o primeiro, e Pingo Doce e Feira Nova, o segundo.
A grelha para a selecção das famílias está a ser feita pelo Ministério da Economia, que pretende escolher lares com menores consumos e menor potência contratada, de modo a evitar abranger segundas habitações ou contadores de escada e elevadores.
Outro alvo da campanha são as escolas do ensino básico e segundo e terceiro ciclos, com o objectivo de sensibilizar comportamentos futuros, conta o mesmo jornal. Cada aluno que traga uma lâmpada de casa receberá três a quatro lâmpadas eficientes.
As lâmpadas de baixo consumo podem custar cerca de cinco a dez euros mais duram oito vezes mais do que as convencionais (as incandescentes), sendo o seu consumo cerca de 80 por cento menor. Como o consumo da iluminação doméstica está estimado em cerca de dez por cento dos gastos de electricidade, antecipa-se uma poupança média de 70 euros anuais nas contas das famílias abrangidas.
O custo desta iniciativa governamental está estimado em seis milhões de euros, que o “Diário Económico” diz serem suportados pela EDP, Sonae, Jerónimo Martins e CTT, bem como pelo Fundo Inovação. O Governo pretende assim dar um empurrão ao cumprimento do compromisso de eficiência energética assumido com Bruxelas e obter uma poupança de dez a 12 milhões de euros em custos com electricidade e licenças de emissão de CO2.
(Ecosfera, 13/08/2008)