No momento que os funcionários do Zoológico se preparavam para sedar os aminais, empregados do circo partiram para cima dos policias que faziam a segurança da operação. Uma mulher passou mal. Os policias miliatres derrubaram parte da cerca montada em volta das lonas e afastaram os tratadores dos animais. Um rinoceronte ficou cerca de uma hora preso e sem água. Ele se estressou e tentou, por várias vezes, tirar a grade que impedia a sua saída. Aos gritos os tratadores avisavam do perigo. Funcionários do Ibama tentaram arrumar a grade, mas o animal insistiu e a retirou, sem avançar sobre as pessoas que estavam próximas.
Instalado há dez dias no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, o circo teve o alvará de funcionamento revogado após denúncia feita pelo Ministério Público do Distrito Federal. Segundo o coordenador de operações do Ibama, Roberto Cabral, as girrafas estão num recinto impróprio, que impede que levantem a cabeça. Os elefantes não contam com um tanque para se refrescarem e alguns apresentam peso inferior ao indicado para a idade. No caso do Hipopótamo a situação é pior, sem espaço para se locomover ele fica preso num tanque. Os dois chipanzés tiveram os dentes arrancados, atitude comum nos circos e que confirma a denúncia.
Segundo o advogado do Le Cirque, Luiz Saboya, o circo está sendo perseguido pelo Ibama-DF, já que o orgão em outros estados não encontrou irregularidades com os animais. Ele afirma que a ação é ilegal pois uma liminar garante o funcionamento do estabelecimento. Nos espetáculos do Le Cirque são apresentados animais exóticos como elefantes, girafas, rinoceronte, zebra, camelo e diversos animais menores como lhamas, carneiros e chipanzés.
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Correio Braziliense, 12/08/2008)