Ambientalistas se reuniram na última segunda-feira (11/08) na Câmara Técnica (CT) da Biodiversidade e Política Florestal que, por determinação da Justiça, deverá discutir a proposta de restrições quantitativas apresentada pela Fundação Zoobotânica (FZB) e que foi desconsiderada anteriormente, quando da aprovação do relatório do Zoneamento Ambiental da Silvicultura (ZAS) no plenário do Consema - Conselho Estadual de Meio Ambiente.
Por não ter comparecido nenhum técnico responsável pelo ZAS, as ONGs InGá, Amigos da Terra/Brasil e Mira-Serra entregaram ao presidente desta Câmara Técnica, Ivo Lessa, documento no qual solicitam a presença dos técnicos da Fundação Zoobotânica e Fepam, responsáveis pela elaboração da proposta original do ZAS, em todas as reuniões da Câmara Técnica da Biodiversidade em que se for discutir esta questão. E ainda, solicitam neste documento que a Sema repasse informações quanto aos percentuais de plantio existentes por Unidade de Paisagem Natural (UPN).
A reunião contou com a presença das promotoras do Ministério Público Estadual, autoras da ação aceita pela Justiça, Ana Maria Marchezan e Sandra Futuro. Estas promotoras pediram também a suspensão de todas as licenças e não apenas as licenças de operação através do chamado "Agravo de Instrumento".
Segundo a vice-presidente dos Amigos da Terra, Maria da Conceição Carrion, as ONGs esperam que, ao retornar ao plenário do Consema, a proposta da Fundação Zoobotânica seja profundamente discutida e incorporada ao ZAS. "Devolvendo o que foi retirado da proposta original: as restrições quantitativas por UPN," concluiu.
(Por Eliege Fante, Assessora de Imprensa, texto recebido por E-mail, 11/08/2008)