O diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA) para a América Latina e o Caribe, o chileno Pedro Medrano, lembrou hoje, em Bogotá, que o crescente aumento nos preços dos alimentos torna os pobres ainda mais pobres. Medrano citou a diretora geral do PMA, Josette Sheeran, que assinalou recentemente que a alta dos alimentos provocou um "tsunami silencioso", que deixou 130 milhões de pessoas na pobreza, das quais oito de cada 10 eram mulheres e crianças.
"Este fato põe o PMA frente ao maior desafio humanitário de seus 40 anos de história", apontou Medrano. Segundo ele, "este é o novo rosto da fome": milhões de pessoas que há seis meses não estavam na categoria de urgência, e agora passaram a estar.
Segundo o diplomata chileno, a crise alimentícia "é uma ameaça para a coesão social da região e para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio". Segundo sua opinião, seus efeitos "se agregam a uma realidade já alarmante na América Latina e no Caribe, onde 209 milhões de pessoas vivem na pobreza".
(Efe, Ultimo Segundo, 12/08/2008)