O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) enviou nota à imprensa nesta terça-feira (12) repudiando a concessão da licença para a construção da hidrelétrica de Santo Antônio. No documento, afirmam que o risco de apagão é utilizado pelo governo como pretexto para abrir hidrovias para escoamento das riquezas minerais que estão na região, além de garantir o funcionamento da indústria da barragem.
Composto por sem-terras, pequenos agricultores e urbanos o MAB já havia realizado, no diz 10 de dezembro do ano passado, uma ocupação na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em protesto ao leilão de concessão do aproveitamento energético da primeira hidrelétrica do Complexo Madeira, a de Santo Antônio.
Segundo a nota, as comunidades atingidas repudiam a construção da usina, afirmando que será um desastre e ao contrário do que o governo vem alegando sobre os benefícios com o desenvolvimento para a região, as obras deixarão as populações na miséria. Segundo o movimento haverá reação popular.
Lucro para os estrangeirosEm média, segundos os cálculos do movimento, baseado no preço da energia no mercado internacional, os donos de Santo Antônio e Jirau vão faturar R$ 525.00 mil por hora, com a venda da energia proveniente dessas barragens. O consórcio Madeira Energia, dono da UHE Santo Antônio é formado por Odebrecht, Furnas, Cemig, Banco Santander, entre outros.
Veja também o vídeo da campanha "O preço da luz é um roubo" produzido pela Assembléia Popular e Brigada de Audiovisual da Via Campesina.
(Amazonia.org.br, 12/08/2008)