Os restos de comida produzidos pelas famílias portuguesas vão passar a ser recolhidos. Após o tratamento, o lixo dará adubo para a floresta e agricultura. A recolha dos resíduos alimentares poderá vir a ser feita porta a porta, como defende a Quercus. Contudo, o Governo ainda não adiantou a data em que poderá começar, segundo a notícia publicada hoje no "Diário de Notícias".
A utilização destes restos na produção de fertilizantes não é novidade em Portugal. Ao "Diário de Notícias", a Agência Portuguesa do Ambiente admitiu que “a grande dificuldade é escoar o composto no mercado, que tem de ter qualidade e não pode ser aplicado de qualquer forma nos solos”.
Pedro Carteiro, da Quercus, adianta que se os resíduos não chegassem às unidades de tratamento misturados com outros lixos o seu aproveitamento seria muito maior e o processo mais barato.
A Quercus avança com uma solução: a recolha podia ser baseada no sistema "conceito de secos e húmidos". Em vez de as pessoas porem os vários lixos no ecoponto, estes seriam recolhidos porta a porta. Em dias alternados entregavam-se as embalagens, noutros os orgânicos, à semelhança do que já acontece na Catalunha.
Na fase inicial deverá alargar-se à recolha junto de outros grandes produtores, como cantinas, hotéis e restaurantes. A recolha já é efectuada em restaurantes e hotéis de Lisboa e do Porto.
(Ecosfera, 11/08/2008)