O GN, formado basicamente por metano (mais de 90%), 5% de etano e outros hidrocarbonetos, é, segundo Gézio de Andrade, diretor comercial da Sulgas, isento de enxofre e particulados. -Isso garante uma queima limpa, isenta de fuligem. Além disso, a inflamabilidade é de 5% a 15% em mistura com o ar. Pessoas presentes à audiência questionaram a presença de odorizantes como mercaptanas no gás. Gézio disse que elas são metil mercaptanas, um composto à base de hidrocarboneto e enxofre, mas que será usado em proporções ínfimas. -É o mesmo odorante que se usa hoje no GLP, e ninguém reclama, observou. O Gézio enfatizou que o GN já tem uma participação de 3,5% na matriz energética brasileira, valor que deve subir para 12% a 15% nos próximos anos. Segundo ele, o Brasil consome hoje 30 milhões de metros cúbicos de GN, sendo 50% produzidos no país e 50% importados. Ele ressaltou que a aceitação vem sendo muito positiva, já que o primeiro posto de GNV da Capital, na Avenida Assis Brasil, foi projetado para um abastecimento de 10 mil metros cúbicos diários e ,já recebeu ampliação para 20 a 25 mil metros cúbicos diários. Os dutos que devem ser instalados para fechar o anel de GN em Porto Alegre ficarão num espaço de 50 metros de largura e 1 metro de profundidade, respeitando as tubulações já existentes do DMAE, da CEEE e de outras empresas que têm redes de dutos instaladas. O revestimento será de polietileno, jaquetado com concreto nas áreas de terreno alagadiço, para reforçar a segurança. -Teremos um sistema de proteção catódica, que evitará a corrosão. Todos os dutos, uma vez colocados, passarão por testes para medição da qualidade do revestimento e teste de soldas, com ultrassom.