POLÊMICA NA CONSULTA AO PROJETO DO ANEL DE GÁS NATURAL
2002-02-22
A consulta pública realizada ontem (21/2) à noite no Prédio 11 da PUCRS para discutir a viabilidade técnica e ambiental do anel de gás natural em Porto Alegre foi marcada por polêmica entre ambientalistas e defensores do empreendimento. Os participantes da mesa, Alex Strey e Luiz Jaldemir, da MRS Estudos Ambientais, responsável pelo Relatório de Impacto Ambiental (RIA), o secretário municipal de Meio Ambiente, Gerson Almeida, e o diretor comercial da Sulgas, Gézio R. de Almeida, apresentaram os aspectos positivos da obra. Os ecologistas José Lutzenberger, Fausto Werlang e representantes de algumas ONGs e público em geral expressaram indignação e temor com a novidade. Pelo projeto, a rede de gás natural (GN) que num primeiro momento abastecerá estabelecimentos de indústria, comércio e serviços, deverá se estender do posto localizado perto das empresas Brahma, Quaker e Fiatech, nas imediações da Rua Voluntários da Pátria, até a zona norte da Capital, próximo às empresas Albarus e Tintas Renner, passando pelo Gasômetro, shoppings Praia de Belas e Bourbon (Avenida Ipiranga) e Iguatemi. Ao todo, o gasoduto já tem cerca de 170 quilômetros de rede só na Região Metropolitana. Gézio R. de Andrade explicou os detalhes técnicos do projeto, informando que já existem em Porto Alegre 15 quilômetros de rede e um posto de gás natural veicular (GNV) e que se trata de um combustível limpo, com densidade 40% inferior à do ar e, portanto, inflamabilidade inferior à do gás liquefeito de petróleo (GLP). O secretário municipal de Meio Ambiente, Gerson Almeida adiantou que tramitam na Smam sete solicitações para o funcionamento de novos postos e GNV. Desses, quatro projetos estão em licença prévia, um em licença de instalação e outro em licença de operação.