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mata atlântica
2008-08-10

Os pontos para visitação, previamente definidos de forma aleatória, podem ser em lugares de acesso rápido ou em regiões onde só se chega a pé.

Para encontrar o ponto certo, um engenheiro florestal, um biólogo, um estudante universitário, um auxiliar e dois rapelistas usam um aparelho GPS (Sistema de Posicionamento Global).

- Dependendo da região, podemos levar de seis a sete horas para chegar ao ponto certo. Lá, nosso trabalho demora uma média de oito horas. Algumas vezes, a equipe consegue ir e voltar no mesmo dia. Outras, é preciso montar acampamento e ficar até o dia seguinte - conta o coordenador do trabalho de campo, Alexander Vibrans.

Para realizar a coleta das folhas e flores e a medição dos troncos e galhos, os rapelistas escalam as árvores. Algumas vezes, até estilingue é usado para cortar os ramos. Esse trabalho é feito nos meses da primavera e do verão.

- Mas isso não é porque temos medo de sair a campo no frio. Devemos coletar exemplares com flores para ajudar na identificação, e elas só podem ser recolhidas nessas estações - explica Vibrans.

Depois do trabalho no meio das florestas, os ramos são levados para a Universidade Regional de Blumenau (Furb). Lá, são transformadas em exsicatas, exemplares desidratados (como os publicados em forma de detalhes nos textos desta reportagem) armazenados em locais de baixa temperatura e umidade, e guardadas no Herbário Roberto Miguel Klein, localizado na instituição.

As informações levantadas farão parte de um banco de dados único envolvendo outros três herbários catarinenses. As exsicatas também ajudarão na identificação da variabilidade genética das espécies e no mapa da quantidade e qualidade delas no Estado.

(Diário Catarinense, 10/08/2008)


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