As implicações sobre o uso do carvão vegetal na indústria siderúrgica de Mato Grosso do Sul foram debatidas ontem na Fiems (Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul) durante o "Café com Notícias".
O evento, organizado pela empresa Painel Florestal, reuniu representantes do Governo do Estado, industriais e da produção que explicaram a jornalistas dos principais meios de comunicação e entidades o cenário atual do uso do carvão vegetal em Mato Grosso do Sul.
No encontro, o secretário adjunto de Produção e Turismo, Paulo Engel, explicou que o debate sobre o uso de carvão vegetal tem as florestas plantadas como principal foco. Engel lembra que é desta forma que será reduzida a pressão sobre as florestas nativas e minimizados danos ao meio ambiente.
O secretário destaca que hoje, a legislação sul-mato-grossense favorece o plantio de florestas, o que possibilita, além da siderurgia, o desenvolvimento dos setores moveleiro e de celulose.
No campo da celulose, além da International Paper do Brasil, instalada em Três Lagoas, a portuguesa Portucell, estuda o mercado local. Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, é a organização do setor que vai determinar o desenvolvimento do mercado de carvão vegetal em Mato Grosso do Sul.
"Temos que atender as exigências da lei e ter claras as ações", resumiu. E é no plantio de florestas que a mineradora MMX pretende suprir em 100% a demanda por madeira. O objetivo é, em até 8 anos, chegar a esta marca. Hoje, a empresa mantém um viveiro em Anastácio com capacidade de produção de 7 milhões de mudas de eucalipto e 500 mil espécies nativas por ano.
O viveiro vai atender programa de plantio de Dois Irmãos do Buriti, Anastácio, Nioaque, Guia Lopes da Laguna e Jardim. No total, serão 34 mil hectares plantados por meio de parcerias com fazendeiros da região e em terras próprias da empresa.
(Midiamax. Adaptado por
Celulose Online, 06/08/2008)