Projeto Dourado, em 15 cidades, quer atingir 900 monitores ambientais
A cidade de Novo Hamburgo já conta com mais 30 monitores ambientais. Com o recente reforço, agora são 80 anjos da guarda que ajudam a cuidar do meio ambiente e detectar possíveis agressões à natureza. O grupo foi coordenado por um dos 29 agentes multiplicadores que, em maio, aceitou o compromisso de realizar em seus municípios a formação de outros 30 monitores.
Com isso, a meta é chegar, no mínimo, a 900 voluntários do Projeto Dourado. A iniciativa é desenvolvida em 15 cidades da região e integra o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos), junto com a Unisinos.
Para a professora Jandira Genehr, o engajamento da população é importante. “Não adianta só ter consciência, é preciso agir”, afirma a coordenadora da ação desenvolvida no Centro de Educação Ambiental Professor Ernest Sarlet, em Lomba Grande. Ela coordenou os primeiros passos da nova turma de 30 voluntários. Entrando, literalmente, com os dois pés no arroio Wallahay, em Lomba Grande, a turma dividida em cinco grupos aprendeu, na prática, a avaliar a qualidade da água. Mesmo com o lixo depositado nas margens do arroio, os novos monitores encontraram uma água de boa qualidade.
A avaliação teve como critério a matemática da vida, nome dado ao método utilizado pelo Programa de Formação de Multiplicadores do Projeto Dourado. “Trata-se de uma equação em que, pela coleta e contagem de amostras de determinados tipos de insetos e larvas, é possível atribuir uma nota à qualidade da água”, explica Jandira, que coordena o projeto em Novo Hamburgo.
Após a aula teórica, a professora acompanhou a saída de campo. A turma testou o aprendizado, analisando as condições da água. Rafaela Cristiana de Francisco, 13 anos, nova integrante do projeto Peixe Dourado e há um ano na Guarda Mirim, está entusiasmada com o programa. “É muito legal aprender a cuidar da natureza”, diz. Já Suzana Seibert, 20, bolsista do projeto, auxilia os novatos com informações. “É interessante o que aprendemos”, ressalta.
(Jornal NH, 07/08/2008)