O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) disse ontem (04) em Curitiba que o Fundo Amazônia terá US$ 900 milhões em um ano. Parte dos recursos que formarão o fundo serão doados por outros países.
O primeiro a se comprometer em ajudar foi a Noruega, que anunciou repasse de US$ 100 milhões, segundo Minc. Até 2021, a meta é que fundo chegue a US$ 21 bilhões.
Lançado na última sexta-feira, o fundo tem a finalidade de financiar atividades que explorem de maneira sustentável os recursos da floresta. A verba também será usada para custear projetos de energia limpa e de educação ambiental às populações amazônicas.
"O fundo tem condições de contribuir com a luta contra o aquecimento global e evitar que moradores não busquem viver mais da derrubada e da venda ilegal da madeira", afirmou Minc, em Curitiba.
O fundo terá as decisões de execução centralizadas no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Minc disse que, apesar da participação financeira de outras nações, a gestão do fundo não irá sofrer influências externas. "Será um fundo soberano, sem ingerência de outros países e executado pelo BNDES", afirmou ele.
De acordo com o ministro, assim como a Noruega, os Estados Unidos também manifestaram interesse em ajudar a compor o novo fundo. Mas o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, que também esteve em Curitiba, disse que primeiro é preciso conhecer o projeto.
Ele informou que Henrietta Fore, administradora-chefe do USAID (agência do governo norte-americano para o desenvolvimento internacional), irá se reunir nesta semana com Minc para obter detalhes sobre o fundo. "Ainda estamos no começo de uma conversa. Vamos primeiro aprender mais sobre o programa", disse Sobel.
(Por Dimitri do Valle, Agência Folha, Folha Online, 05/08/2008)