(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
qualidade do ar
2008-08-06

Dois sistemas de ar-condicionado mais eficientes, de fácil limpeza e manutenção, desenvolvidos na Escola Politécnica (Poli) da USP, auxiliam no combate à Síndrome dos Edifícios Doentes. O problema, que  afeta cerca de 20% da população que trabalha em ambientes climatizados, tem como principal causa a manutenção inadequada do ar-condicionado. No Brasil, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu regras para que esses sistemas não sejam uma ameaça à saúde.

Os sistemas foram desenvolvidos pela professora Brenda Chaves Coelho Leite, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli, e instalados em dois ambientes da Escola. Um deles possui serpentinas de água gelada, instaladas no teto, que irradiam frio para o ambiente; o outro possui uma câmara de ar resfriado debaixo do piso, por onde também sai o ar. Além da facilidade de limpeza e manutenção, os sistemas oferecem total conforto térmico, são silenciosos e econômicos no uso de energia.

“Os dois sistemas conseguem uma distribuição uniforme de temperatura, sem correntes de ar turbulentas", explica a professora. "Graças a um conjunto de sensores, que enviam informações à central de automação, os ajustes programados por softwares são feitos de modo a manter o equilíbrio e o conforto térmico no ambiente”.

Piso

Em um dos ambientes está instalado o Sistema de Distribuição de Ar pelo Piso, com Fluxo por Deslocamento. O ar é resfriado em uma máquina que fica no pavimento superior e conduzido por um duto até o vazio do piso elevado (plenum), que se torna uma câmara de ar resfriado e pressurizado. O ar frio passa por diferença de pressão, por meio de difusores, para o ambiente. Ao entrar em contato com as fontes de calor (pessoas e equipamentos), o ar se aquece e sobe lentamente para o teto por convecção natural, de onde sai através de grelhas.

Para o trabalho de limpeza e manutenção, basta remover algumas placas do piso para se ter acesso ao plenum. “Como o sistema dispensa dutos secundários, a limpeza e manutenção também fica restrita ao duto principal”, acrescenta Brenda. Outra vantagem é a flexibilidade para mudança de layout do escritório, já que as placas, com e sem difusores, podem ser facilmente redistribuídas.

A economia de energia é de 34% em relação aos sistemas convencionais. Agora, a professora Brenda está analisando o potencial do sistema para a remoção de poluentes. Entre os principais sintomas associados à Síndrome dos Edifícios Doentes, estão a rinite, irritação nos olhos, dor de cabeça, fadiga e náuseas. 

Água

O outro sistema, denominado Condicionamento por Teto Radiante,  emprega painéis instalados no teto, formados por placas de forro metálico perfurado, nas quais são acopladas serpentinas de água gelada que irradiam o frio para o ambiente. Como conta também com ar resfriado, esse sistema pode ser definido como híbrido. Ele também é economizador ou “verde”, pois a água é mais eficiente que o ar na troca de calor, exigindo menor quantidade de energia para resfriar o ambiente.

“No teto, fizemos uma composição das placas metálicas; com e sem serpentina, onde também foram incorporadas as luminárias, os difusores e as grelhas, de acordo com as necessidades do ambiente”, descreve a professora da Poli. O sistema conta com grupos de tubulações que conduzem a água fria até as serpentinas e tubulações de retorno, que retiram a água que absorveu o calor e leva de volta para o resfriamento.

Por meio de um sistema de automação, o ambiente é dividido em zonas e cada circuito hidráulico tem uma válvula que trabalha separadamente. “Dessa maneira, é possível criar diferentes zonas de conforto: quando a sala está parcialmente ocupada, trabalha-se com vazões de água diferenciadas, de modo a manter a homogeneidade da temperatura e, com isso, economizar energia”, conclui Brenda.

(Assessoria de Imprensa e Comunicação do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli, 05/08/2008)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -