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mst incra assentamentos reforma agrária
2008-07-31

Integrantes do MST estão há uma semana no local em protesto

Salas arrombadas, sumiço de materiais, elevadores danificados e até fezes pelo chão seriam alguns dos itens de um relatório elaborado pela superintendência regional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para descrever o resultado da invasão promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Capital há uma semana. Ontem, devido à falta de condições de trabalho no prédio localizado na Avenida Loureiro da Silva, a coordenação do ministério no Estado liberou os funcionários para irem para casa.

Desde quinta-feira passada, cerca de 600 sem-terra ocupam as instalações do edifício de oito andares, onde também se localiza o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) - órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e liderado por Mozar Dietrich, ex-assessor de Miguel Rossetto na pasta e publicamente simpático à luta do MST. Embora os andares em que fica o Incra sejam o alvo preferencial do protesto que pede pressa no ritmo dos assentamentos no Estado, os corredores do Ministério da Agricultura são objeto de queixas de furtos e depredações.

- Quando invadiram o Incra outras vezes, também acabamos pagando o pato. Mas, desta vez, o grau de destruição foi bem maior - lamenta um servidor que prefere não se identificar.

Conforme o superintendente federal da Agricultura no Estado, Francisco Signor, o maior estrago teria sido provocado após o arrombamento da sala de máquinas dos elevadores. Durante o fim de semana, com a suposta intenção de recolocar em funcionamento os equipamentos, que se encontravam desligados, os sem-terra teriam ocasionado avarias no sistema eletrônico de dois dos três existentes.

- Havíamos concluído recentemente uma reforma que custou R$ 300 mil. Agora, vamos ter de ver em quanto ficará o conserto - afirma Signor.

Nos últimos dias, o relatório contendo imagens e informações sobre os danos provocados pela invasão foi encaminhado ao Ministério da Agricultura em Brasília. As informações incluem supostos estragos feitos na casa de máquinas, o sumiço de ferramentas em um valor estimado de R$ 10 mil e de materiais de escritório, o arrombamento de uma sala em que se encontram arquivos de documentos do órgão e a existência de fezes no chão.

- Encontramos camisinhas, portas quebradas, colchões ocupando os corredores e a entrada dos gabinetes, fezes, um cheiro horrível. São coisas lamentáveis - revela um servidor.

Militantes controlavam acesso da população

Oficialmente, a sede do ministério em Brasília se limitou a informar por meio da assessoria de imprensa que, com base nos relatos, entrou em contato com a pasta do Desenvolvimento Agrário recomendando esforço para obter uma reintegração de posse e a comunicação dos acontecimentos à Casa Civil. Apesar disso, a própria superintendência gaúcha da Agricultura pretende encaminhar hoje uma ação à Justiça pedindo a liberação do prédio.

Ontem pela manhã, um grupo de militantes do MST controlava o portão de acesso ao edifício, permitindo somente a entrada de alguns poucos funcionários e de sem-terra autorizados pela coordenação dos invasores a sair e voltar. Casos especiais eram analisados pelos líderes do movimento no local. Em seguida, os servidores da Agricultura e do Incra foram liberados do serviço.

Isso resultou na interrupção do atendimento à população. Diariamente, cerca de 200 pessoas procuram o ministério para tratar de assuntos como registros e regularização de insumos e alimentos, licenças para importação e exportação e certificação de trânsito animal, entre outros serviços. Signor afirma que a liberação dos funcionários da Agricultura, pasta que costuma ser relacionada pelos sem-terra aos interesses do agronegócio, também teve como objetivo evitar atritos entre servidores e invasores:

- Orientei a todos para que mantivessem a calma, mas, sabe como é, às vezes fica difícil controlar animosidades.

(Por Marcelo Gonzatto, Zero Hora, 31/07/2008)


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